Fraudes e furtos de água, popularmente conhecidos como "gatos de água", continuam sendo um dos principais desafios do abastecimento. Para combater essas práticas ilegais e preservar a integridade do sistema de distribuição de água tratada, a BRK tem intensificado as fiscalizações na Região Metropolitana de Maceió. Desde o início deste ano, a concessionária vistoriou aproximadamente 14 mil ligações domiciliares, alcançando uma taxa de assertividade de 55%, ou seja, mais da metade dessas inspeções confirmaram a ocorrência de fraudes.
Essas ações têm sido eficazes para evitar o desperdício de um volume significativo – no total, foram recuperados mais de 157.000 m³ de água tratada, o equivalente a aproximadamente 63 piscinas olímpicas. Agora, esse volume foi reintegrado ao sistema de abastecimento, onde é monitorado, medido e distribuído de forma adequada.
Flávio Galindo, coordenador de Serviços Técnicos Comerciais da BRK em Alagoas, explica que as fraudes comprometem a regularidade do fornecimento de água, afetando a eficiência e a qualidade do serviço, além de gerar prejuízos para toda a comunidade.
"As ligações clandestinas podem causar o desabastecimento de regiões, além de apresentar riscos à qualidade da água distribuída. Por isso, o combate às fraudes ocorre durante todo o ano. Com ações contínuas e investimentos em tecnologia, conseguimos identificar infratores e irregularidades com eficácia", detalhou.
Tipos de fraudes e localidades com mais ocorrências
As principais fraudes identificadas durante as vistorias são os desvios no hidrômetro, conhecidos como "by pass", e as ligações diretas. As cidades da Região Metropolitana com mais ocorrências desse tipo são: Maceió, Marechal Deodoro, Murici, Rio Largo, Pilar e Satuba, respectivamente. Quase 60% dos casos estão concentrados na capital, principalmente nos bairros Jacintinho, Benedito Bentes, Ponta Grossa, Jatiúca, Farol e Tabuleiro do Martins, respectivamente.
A ligação clandestina de água é considerada crime no Brasil. A prática ilegal de adulterar o sistema de abastecimento é enquadrada como atentado contra o patrimônio, segundo o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, e a pena para o autor do crime pode chegar até quatro anos de prisão. Além das sanções previstas em lei, os infratores estão sujeitos a cortes no fornecimento de água e possíveis ações judiciais.
Autodenúncia pode evitar sanções mais severas
Clientes que suspeitam da existência de ligações clandestinas ou outras irregularidades podem evitar penalidades mais severas ao fazer a autodenúncia e regularizar a situação junto à concessionária.
"É possível que o próprio cliente não esteja ciente da fraude e, por isso, é importante ficar atento e acionar a empresa em caso de suspeita. A colaboração da comunidade é fundamental para identificar e denunciar irregularidades, contribuindo para a construção de um sistema de abastecimento de água mais justo e transparente para todos", destacou Flávio Galindo.
As denúncias são anônimas e podem ser feitas pelo telefone 0800 771 0001, que funciona 24 horas, no WhatsApp (11) 99988-0001, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, e aos sábados das 8h às 14h, ou pela agência virtual Minha BRK, no site minhabrk.com.br.
Veja vídeo com algumas fraudes constatadas pela BRK: