"O Brasil é muito desigual, e não se pode ter um calendĂĄrio Ășnico de vacinação. Nós estamos antecipando na Região Norte porque lĂĄ eles sofrem com a questão do vĂrus de influenza de forma antecipada. A visão é buscar, tanto quanto possĂvel, atender as diferenças regionais no Brasil", disse a ministra.
Segundo NĂsia Trindade, jĂĄ houve pactuação com os estados e municĂpios para reduzir o nĂșmero de pessoas que não tomaram a dose de reforço contra a covid-19, e a meta é chegar a 90% da população coberta pelo esquema vacinal. "Estaremos com esse movimento ao longo de todo ano, para chegar o mais próximo possĂvel desse objetivo. HĂĄ muitas dificuldades por conta de fake news e outros fenômenos que impactam. Nossa parte é facilitar ao mĂĄximo o acesso".
A ministra disse que os estoques de vacinas infantis estavam zerados e insuficientes, no caso das bivalentes, no momento em que assumiu o ministério. Por isso, disse, em vez de campanhas pontuais, o governo articula um movimento de imunização, incluindo a covid-19. "Em relação a crianças e adolescentes, também estamos buscando intensificar essa vacinação com uma ação com o Ministério da Educação para a vacinação nas escolas, que ainda estĂĄ sendo construĂda", disse.
Com relação à vacinação contra a mpox, a ministra ressaltou que no momento não hĂĄ previsão de aumento de pĂșblico-alvo, porque o ministério segue as orientações internacionais. "Mas, em caso de doenças que possam ter impactos em outro segmento, temos a vigilância permanente e o estudo. Isso é o que fizemos logo em um primeiro momento com a retomada do ComitĂȘ Técnico Assessor das PolĂticas de Imunização, se haverĂĄ alguma mudança. Nesse momento, não hĂĄ indicativo de necessidade".
Nessa primeira fase, terão prioridade na imunização contra a mpox pessoas com maior risco de evolução para as formas graves como, por exemplo, pessoas que vivem com aids e profissionais de laboratórios. De acordo com o Ministério da SaĂșde, esse pĂșblico-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas.
Fonte: AgĂȘncia Brasil