Durante o verão, muitas pessoas associam o aumento das temperaturas como um período sem a possibilidade de doenças respiratórias. No entanto, a estação também é propícia para o surgimento de síndromes gripais, especialmente entre as crianças. Embora sejam mais frequentemente associados ao inverno, durante os meses mais quentes, infecções respiratórias como rinofaringites, faringites e bronquiolites podem se intensificar, afetando diretamente os pequenos.
De acordo com a pneumologista infantil Rita Silva, as síndromes gripais do verão tĂȘm características distintas das do inverno. "O verão traz um clima instĂĄvel, com variações de temperatura e aumento da circulação de ar condicionado, que resseca as vias aéreas. Isso pode favorecer o desenvolvimento de infecções virais", explicou a especialista.
As síndromes gripais no verão podem ser causadas por diversos vírus, como rinovírus, enterovírus e até o coronavírus, que se mantĂȘm circulando durante o ano todo. Esses agentes infecciosos atacam o sistema respiratório superior, gerando sintomas como coriza, dor de garganta, febre baixa e tosse.
Rita Silva lembra que além disso, a constante exposição ao calor, seguida de ambientes com ar condicionado, pode levar à desidratação e ressecamento das mucosas nas vias respiratórias, facilitando a entrada de vírus e bactérias.
CUIDADOS ESSENCIAIS
A médica enfatiza que o cuidado com a hidratação é fundamental para prevenir infecções respiratórias. "Manter as crianças bem hidratadas é uma das formas mais eficazes de prevenir essas síndromes, pois ajuda a manter as mucosas úmidas e resistentes", afirma a pneumologista.
Ela observou que é importante atentar aos seguintes cuidados: evitar o excesso de ar condicionado,
manter uma alimentação equilibrada, higienizar bem as mãos, preferir ambientes ventilados e arejados, proteger as vias respiratórias.
Apesar de serem comuns, os sintomas das síndromes gripais no verão devem ser monitorados. Se a criança apresentar febre alta persistente, dificuldade para respirar, ou sinais de desidratação (boca seca, pouca urina, cansaço excessivo), é importante procurar a orientação de um pediatra. "A automedicação nunca deve ser uma opção, pois cada caso precisa ser avaliado individualmente", alertou Rita Silva.
Fonte: Redação com assessoria