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Nova Chance: programa continua garantindo oportunidades aos 'inviabilizados' pela sociedade

Por Assessoria em 02/05/2022 às 10:30:36

Um senhor de 62 anos que mora na rua há mais 10, após ter sofrido um calote financeiro. Um jovem de 15 anos em processo de ressocialização. Uma mãe desempregada que luta para dar uma vida melhor aos seus filhos. Histórias atravessadas pelo caos social e que se cruzam diante de uma nova chance. A oportunidade veio com o subsídio da Prefeitura de Maceió para que eles e mais 90 maceioenses em vulnerabilidade social façam cursos profissionalizantes gratuitos no Senai e reescrevam suas histórias.

Esta é razão de existir do Nova Chance, um programa desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social de Maceió em parceria com o Senai/AL que tem o intuito de qualificar profissionalmente a população em situação de rua, pessoas que estão cumprindo medidas socioeducativas ou maceioenses que vivem em situação de vulnerabilidade social em geral. O foco da política assistencial do município é inserir os usuários do Sistema Único de Assistência Social (Suas) no mercado de trabalho e reestabelecer o protagonismo de suas vidas.

Nesta mudança de rota está o sr. Alberto do Nascimento, morador de rua assistido pelo Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua). Aos 62 anos - 11 deles nas ruas - está fazendo o primeiro curso profissionalizante, com o genuíno otimismo de ainda vencer na vida.

"Eu sempre fiz planos, mas todas as vezes era barrado pelo quesito financeiro. Essa é a primeira vez que eu estou conseguindo e eu vou até o fim. Acho muito importante o município dar essa oportunidade e estou abraçando com força", conta, com olhos de esperança.

Decidido a construir novos rumos, K.P., de 15 anos, deixou a realidade amarga da criminalidade, para conquistar uma profissão e um futuro digno. Jovem de pouca leitura (aprendeu a ler usando as redes sociais), não lembra em qual ano abandonou os estudos, muito menos poderá apagar o seu passado, mas está decidido a reconstruir um futuro diferente de tudo que passou no mundo do crime.

"Estou me esforçando, me dedicando. Tenho interesse em trabalhar na oficina do meu pai e comprar uma casa para minha mãe. O curso está sendo a porta de entrada para uma nova vida. Aqui tem outras pessoas que também viveu [sic] situações parecidas com a minha e isso já é uma motivação pra continuar. Graças a Deus eu tive uma nova chance e posso dizer que eu também ganhei uma nova vida, eu vi que aquela outra era só ilusão", diz o jovem.

O recomeço também está no horizonte daqueles que perderam o emprego. Iliana dos Santos Silva, 26 anos, mãe de dois filhos, militante pela Central Única das Favelas (Cufa), faz parte da excludente estatística de desempregados. Mas, assim com os demais, Iliana participa do programa Nova Chance e almeja montar o seu próprio negócio.

"O curso vem para mudar o meu futuro, com ele eu terei uma nova profissão e com isso eu posso buscar novas coisas. A educação é a base de tudo e ela está dando uma segunda chance às pessoas que sempre viveram esquecidas, marginalizadas e agora abre espaço para mudar a vida no futuro", reflete a jovem ao se referir aos colegas de classe.

Nesta segunda edição do Programa Nova Chance, foram oferecidas 35 vagas, 60% delas foram direcionadas para pessoas que cumprem medidas socioeducativas (em meio aberto) assistidos pelos Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e pessoas em situação de rua, acolhidas pelos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pops). Os alunos foram selecionados pelas assistentes sociais das unidades participantes do programa. Os cursos desta edição são de eletricista instalador predial baixa tensão, mecânico de motocicletas e costureiro industrial do vestuário.

Em 2021, foram capacitadas mais de 200 pessoas em vulnerabilidade social, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Eles fizeram cursos profissionalizantes de panificação, pintor, pedreiro, encanador, instalador, gesseiro e auxiliar administrativo.

As aulas são ministradas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Além do material didático, os alunos recebem auxílio-transporte e alimentação ofertados pela prefeitura e o certificado, oferecido pelo Senai. Os cursos têm duração de dois meses e para participar é preciso estar inscritos no Cadastro Único de Maceió e ter renda per capta familiar de até R$210.



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