Justiça Itinerante promove mais de 240 atendimentos em ação

Mais de 240 atendimentos foram realizados na ação social voltada para pessoas em situação de rua, nesta segunda (5), na Praça Deodoro, em Maceió. O evento, promovido pelo Judiciário em parceria com órgãos públicos e instituições sociais, levou cidadania através da emissão de documentos civis, serviços jurisdicionais, além de ações de saúde e lazer.

Um dos beneficiados pela iniciativa foi Alejandro Navaz, imigrante da Venezuela, que reside no Brasil há 4 anos. Ele veio do seu país em busca de uma vida melhor, mas vive em situação de rua e espera melhorar sua condição de trabalho com as documentações emitidas na ação do TJAL.

O venezuelano Alejandro Navaz comemorou a emissão de seus documentos. Foto: Adeildo Lobo.

"Sou músico, ator, professor formado em artes visuais no meu país. Preciso trabalhar e nesse sistema as pessoas que não têm documentos são renegadas. Sou muito grato à uma instituição da igreja católica que está me abrigando, porque me orientaram sobre o que tenho que fazer para estar com a documentação em dia. Vim tirar meu RG e vou no Sine para conseguir minha carteira de trabalho, para conseguir uma melhoria de vida", explicou.

O Judiciário participou da ação por meio do programa Justiça Itinerante e da Coordenadoria de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). A juíza Emanuela Porangaba, coordenadora da Itinerante, destacou os números do evento.

Mais de 240 atendimentos foram realizados pelo Justiça Itinerante. Foto: Adeildo Lobo.

"Tivemos um balanço muito positivo. Chegamos a prestar 249 atendimentos totalizando todos os serviços oferecidos. Esperamos que, a partir de 2023, eventos dessa natureza sejam realizados a cada três meses, para assim acolhermos essa parcela da população tão esquecida e tão sofrida. Ontem, identificamos várias pessoas que sequer sabiam o dia em que nasceram, pois não possuíam sua certidão de nascimento e isso é muito triste. O Poder Judiciário é uma corte do povo e precisa estar sempre próximo a essa população vulnerável".

Também participaram da ação Governo do Estado, Prefeitura de Maceió, Ministério Público, Defensoria Pública, Sesc, Igreja Batista do Pinheiro e Movimento População de Rua de Alagoas.