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Lídia Cruz

Com recordes, atletas obtêm índice para Mundial de natação paralímpica


Com apenas 16 anos, Samuel tornou-se o paralímpico mais veloz das Américas da classe S5 nos 50m borboleta, ao completar a prova em 33s57, superando os 33s98 registrados pelo multicampeão Daniel Dias, em 2014.- Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados

No ano passado, em São Paulo, o jovem tinha estabelecido marca para competir na Paralimpíada de Tóquio (Japão) durante a seletiva da seleção brasileira, mas como não conseguiu participar de competições específicas no ciclo, determinadas pelo IPC, ficou inelegível para os Jogos. Desta vez, ele poderá estrear em Mundiais.

A carioca Lídia Cruz passou por situação semelhante em 2021, também ficando fora de Tóquio, apesar de ter índice. A volta por cima veio em grande estilo, com vaga assegurada no Mundial de Portugal e três recordes das Américas da classe S4 batidos em São Paulo: nos cem metros e (duas vezes) nos 200m livre.

"A sensação é de que o trabalho duro, que não é de hoje, mas de muito tempo treinando, está sendo recompensado. Tudo está dando tudo certo", comemorou Lídia, que já havia quebrado a marca continental dos 200m em março, na etapa de Lignano Sabbiadoro (Itália) do circuito mundial paralímpico, na primeira competição dela fora do Brasil.

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Segundo o CPB, além dos atletas que obtivessem índice na fase nacional, os cinco campeões da modalidade em Tóquio também teriam vaga garantida no Mundial. Caso de Gabriel Araújo. Dono de duas medalhas de ouro no Japão, o mineiro não se poupou na piscina do Centro Paralímpico e quebrou dois recordes mundiais - que já eram dele próprio - da classe S2: o dos 150m medley e dos 50m borboleta.

"A gente tem que usar as competições para fazer testes. Nadar várias provas, uma em cima da outra, trabalhar com cansaço e todas as variáveis possíveis, para quando chegar ao Mundial, estar mais tranquilo e com o corpo preparado para nadar as provas principais", argumentou Gabrielzinho, que nasceu com focomelia, doença que impede o crescimento normal de braços e pernas.

Simultâneo à seletiva, três nadadores do país disputaram a etapa de Berlim (Alemanha) do circuito mundial, para obterem as respectivas classificações internacionais. Na classe S3, Larissa Rodrigues foi além das expectativas e também estabeleceu índice para o Mundial, nos 200m livre. A gaúcha de 17 anos concluiu a prova em 5min13s40, quase cinco minutos abaixo da marca mínima exigida pelo CPB.

Atletas assegurados para o Mundial de Portugal

S1: José Ronaldo da Silva

S2: Gabriel Araújo* e Bruno Becker.

S3: Larissa Rodrigues

S4: Lídia Cruz e Patrícia dos Santos.

S5: Joana Neves e Samuel Oliveira.

S6: Talisson Glock*.

S8: Cecília Araújo e Gabriel Cristiano.

S9: Mariana Gesteira.

S10: Phelipe Rodrigues.

S11: Wendell Belarmino*

S12: Lucilene Sousa e Carol Santiago*

S13: Douglas Matera

S14: João Brutos, Ana Karolina Soares e Gabriel Bandeira*

* Nadadores garantidos pelo título paralímpico nos Jogos de Tóquio

Agência Brasil

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