A aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), no último domingo (18), terminou com cerca de 500 pessoas eliminadas. Parte delas, por sair com o caderno de provas, o que era proibido.
Mas esse número pode aumentar consideravelmente ao longo dos próximos meses. É que existem outros critérios que podem levar à desclassificação de candidatos que chegaram a concluir as provas.
Não atingir o mínimo de acertos esperado, problemas com o preenchimento dos cartões de respostas e zerar na redação ou questões discursivas são alguns exemplos.
Abaixo, entenda como as políticas de eliminação do "Enem dos concursos" são aplicadas.
Como o concurso possuía 36 versões de provas (que estavam distribuídas entre 8 blocos temáticos), o candidato precisava identificar a avaliação feita por ele no cartão de respostas. No documento, era preciso:
Caso o cartão não tenha sido preenchido corretamente, o edital prevê a eliminação dos candidatos.
O Ministério da Gestão, responsável pelo concurso, estabeleceu uma nota mínima para que os candidatos que fizeram as provas concorram aos cargos desejados. Quem não atingir essa meta será eliminado.
No caso das provas de nível superior, por exemplo, é necessário obter um aproveitamento maior que 40% da pontuação nas provas objetivas de conhecimentos gerais e específicos, o equivalente a 28 respostas corretas no mínimo.
Já nas provas de nível médio, essa média mínima é de 30%. Ou seja, o candidato que acertar menos de 21 questões será eliminado.
O edital prevê a eliminação dos inscritos que zeraram a redação, no caso dos candidatos do bloco 8 (ensino médio), ou a questão dissertativa, para participantes dos blocos de nível superior.
No caso da redação, segundo o edital, a banca vai atribuir nota zero ao candidato que:
Essas regras também valem para os candidatos de ensino superior. A única diferença, nesse caso, é que o edital também prevê a desclassificação daqueles que responderam com número de linhas inferior ao mínimo exigido.
Ainda no edital, está prevista a eliminação de qualquer pessoa que fez declarações falsas ou incorretas durante a inscrição, mesmo que ela tenha sido classificada nas provas.
Essas informações incluem candidatos que não satisfazem os requisitos do cargo escolhido.
Além da eliminação, se confirmada fraude, o responsável poderá responder legalmente pelas consequências decorrentes do seu ato.
Após a etapa de qualificação técnica e antes da homologação dos resultados finais, os candidatos que se autodeclararam negros serão convocados para aferição presencial da veracidade da autodeclaração.
O procedimento, chamado de heteroidentificação, será agendado pela Fundação Cesgranrio - banca idealizadora do concurso.
Se o candidato não comparecer, recusar-se a ser filmado, negar a coleta de dados biométricos ou a fazer o exame grafológico, será desclassificado do concurso.
Fonte: G1