Maceió tem a terceira pior qualidade de vida do país entre as capitais brasileiras e em último no Nordeste, no ranking do Índice de Progresso Social (IPS), divulgado nesta quarta-feira, 3. O levantamento aponta que a melhor capital é Brasília (DF), seguida por Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).
O índice aponta que Maceió está no 25º lugar dentre as 27 capitais brasileiras, ficando à frente apenas de Macapá (AP) e Porto Velho (RO).
Para a formação do ranking, os pesquisadores avaliam vários indicadores e dados de órgãos oficiais e de institutos de pesquisa, como o DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico.
Maceió tem seus piores desempenhos em "inclusão social" e "saúde e bem-estar", áreas em que a gestão do atual prefeito, João Henrique Caldas, JHC (PL), tem apresentado retrocessos em comparação com gestões anteriores. Os indicadores de educação da capital de Alagoas também estão retrocedendo, o que influencia negativamente o desempenho da cidade no IPS.
O IPS Brasil 2024 se baseia na metodologia do Social Progress Imperative, que desde 2014 tem sido um modelo global para avaliar o progresso social a partir de 57 indicadores. Esses dados são coletados por reconhecidas instituições globais e oferecem uma visão abrangente sobre como diferentes localidades estão se desenvolvendo socialmente.
De acordo com a apresentação do índice, "com essas informações, é possível notar o comprometimento em proporcionar uma vida melhor aos brasileiros, embora ainda existam muitos desafios a serem superados. A extensa análise realizada pelo IPS Brasil 2024 é fundamental para entender as áreas onde precisamos melhorar e onde já estamos avançando."
Segundo o coordenador do IPS Brasil, Beto Veríssimo, o intuito da pesquisa não é de ranquear os maiores PIBs, e sim estimar os melhores resultados de índices importantes como a expectativa de vida, menores taxas de homicídio, o acesso à educação superior, poluição, entre outros.
"Para o IPS não interessa quanto o município investe. Queremos saber o resultado, saber se no final do dia as pessoas estão vivendo melhor. Nem sempre a cidade com maior renda tem melhor qualidade de vida", explica o coordenador.
Fonte: Redação com assessoria