O Mercado da Produção, situado na Avenida Francisco de Menezes, no bairro Levada, em Maceió, é um retrato do abandono. Comerciantes e moradores, que frequentam o local, estão cada vez mais frustrados com a inércia da Prefeitura. A promessa de reforma do espaço, feita pelo prefeito JHC, permanece apenas como palavras ao vento, sem qualquer ação concreta.
Nossa equipe de reportagem retornou ao local, quase seis meses após a primeira visita em dezembro de 2023, e encontrou o mesmo cenário de descaso e negligência. A infraestrutura local, que comercializa centenas de toneladas de alimentos todos os dias, está imersa em sujeira.
Porcos vagam livremente na área externa do Mercado, quase indistinguíveis na água suja que flui pelo chão.
Gilvan Santos, dono de um açougue no local, expressou sua desilusão com a situação enfrentada por todos os comerciantes que trabalham lá. Ele acredita que a situação pode melhorar, se o prefeito parar de fazer promessas vazias e começar a agir.
João Marques, outro comerciante do Mercado, expressou sua frustração e exigiu que o prefeito tome uma atitude imediata. Marques relatou que a situação se agrava quando chove, chegando a perder clientes.
Elisângela Lima, uma dona de casa que costuma fazer compras no Mercado, também expressou sua insatisfação com a estrutura do local e as promessas não cumpridas do prefeito JHC.
As promessas de reforma do prefeito JHC são antigas. Em julho de 2022, ele divulgou nas redes sociais um projeto ambicioso de restauração do Mercado da Produção.
Até maio do ano passado, a Prefeitura estava realizando um levantamento socioeconômico dos feirantes e proprietários de comércio do Mercado. Esse levantamento seria usado para uma "gestão transparente e participativa da construção do Novo Mercado da Produção". No entanto, não há sinais de que o processo tenha continuado.
Em nota, o Município afirmou que o projeto de construção do novo Mercado da Produção passou por ajustes técnicos para iniciar o processo de licitação e começar as obras do espaço, que, segundo a prefeitura, terá 50.000 m². A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), no entanto, não forneceu prazos ou previsões para o início da obra.
Segundo a Seminfra, o novo espaço do mercado contará com um sistema de drenagem, um aumento no número de boxes de espaços comerciais, a inclusão de restaurantes e serviços públicos para fortalecer o turismo, a cultura e a gastronomia. No entanto, essas promessas parecem tão distantes quanto as promessas de reforma do prefeito JHC.
Redação com assessoria