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Desperdício: gestão de JHC gasta uma verdadeira fortuna em propaganda

Em apenas 16 meses, a Secom da prefeitura de Maceió fez despesa de R$ 100 milhões

Por Alexandre Vieira em 29/05/2024 às 19:10:52

Reprodução

Nos últimos 16 meses, a gestão de João Henrique Caldas (JHC) em Maceió gastou mais de R$ 100 milhões em comunicação, publicidade e propaganda, um verdadeiro abuso de recursos públicos que levanta sérias dúvidas sobre suas prioridades. Com mais de R$ 73,3 milhões torrados em 2023, JHC tornou-se o prefeito que mais investe em autopromoção no Brasil, proporcionalmente.

Este ano, até o final de abril, já foram gastos R$ 25,6 milhões, totalizando R$ 27,5 milhões até 27 de maio. De acordo com a legislação eleitoral, o teto permitido para gastos em ano de eleição é de cerca de R$ 26,5 milhões, mas a gestão de JHC parece determinada a gastar o máximo possível antes de outubro.

Desde que assumiu a prefeitura, JHC demonstrou uma voracidade insaciável por propaganda. Em comparação, o ex-prefeito Rui Palmeira gastou R$ 23 milhões com comunicação em 2020, enquanto JHC aumentou esse número para R$ 32 milhões em 2021, um salto de quase 50%. Em 2022, os gastos aumentaram para R$ 56 milhões, e em 2023, ano pré-eleitoral, dispararam para R$ 73 milhões, um aumento de 217% em relação a 2020.

Esses gastos exorbitantes poderiam ter sido utilizados para projetos que realmente beneficiem a população. Com R$ 191 milhões, poderiam ser construídas mais de 2 mil unidades residenciais ou criadas entre 15 mil e 20 mil vagas em creches. O Conjunto Parque da Lagoa, por exemplo, custou R$ 138 milhões para 1.760 unidades.

Além disso, a transparência dos gastos é praticamente inexistente. A maioria dos processos são pagos por indenização, sem detalhamento se os valores são destinados à produção ou veiculação. Essa falta de clareza levanta sérias questões sobre a gestão desses recursos.

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) já notificou JHC duas vezes em 2024 por autopromoção com dinheiro público. Em 23 de maio, o promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa recomendou que JHC se abstenha de utilizar seu nome para autopromoção em textos institucionais, destacando que tais atos configuram improbidade administrativa.

A gestão de JHC não só desvia recursos que poderiam ser investidos em áreas críticas como saúde e educação, mas também fere os princípios de moralidade e impessoalidade que deveriam guiar a administração pública. É hora de Maceió repensar suas prioridades e exigir uma gestão mais responsável e transparente.

Gastos na Gestão de JHC com Comunicação, Publicidade e Propaganda

| Ano | Valor (R$) | Média mensal (R$) |

|------|---------------------|---------------------|

| 2021 | 33.978.297,27 | 2.831.524,77 |

| 2022 | 56.726.109,92 | 4.727.175,83 |

| 2023 | 73.347.566,34 | 6.112.297,20 |

| 2024*| 25.566.462,22 | 6.391.615,56 |

| Total| 191.618.435,75 | |


Fonte: Portal da Transparência Maceió

Média mensal de 2024 de janeiro a abril

Em maio de 2024 foram registradas até o dia 27 R$ 2 milhões em despesas

Fonte: Redação com assessoria

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