Os casos de SĂndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estĂĄ crescendo, tanto nas tendĂȘncias de longo prazo - Ășltimas seis semanas - quanto de curto prazo - Ășltimas trĂȘs semanas. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (6) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os sinais de crescimento aparecem em mais estados das regiões Norte e Nordeste, tendĂȘncia que se iniciou mais tarde em relação aos estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Em contrapartida, alguns estados do Sudeste e Sul (ParanĂĄ, Rio Grande do Sul e São Paulo) mantĂȘm sinais de possĂvel interrupção no aumento do nĂșmero de casos, com formação de platô no mĂȘs de junho.
"Essa situação ainda estĂĄ sem sinais claros de inversão para queda. No ParanĂĄ e no Rio Grande do Sul, por exemplo, observa-se tendĂȘncia de retomada do crescimento em crianças, indicando que o cenĂĄrio ainda é instĂĄvel e exige cautela", explicou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etĂĄria seguem apontando para amplo predomĂnio do vĂrus Sars-CoV-2 (Covid-19), especialmente na população adulta. Nas crianças até 4 anos de idade, o aumento no nĂșmero de casos de SRAG foi marcado por crescimento nos casos positivos para vĂrus sincicial respiratório (VSR) e leve subida nos casos de rinovĂrus e metapneumovĂrus. Nesse grupo, a presença de Sars-CoV-2 superou o volume de casos associados ao VSR nas Ășltimas quatro semanas.
Embora não se destaque no dado nacional, o vĂrus influenza A (gripe) mantém sinal de crescimento em diversas faixas etĂĄrias no Rio Grande do Sul.
A anĂĄlise indica que 20 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendĂȘncia de longo prazo (Ășltimas seis semanas) até a SE 26: Acre, Alagoas, Amazonas, AmapĂĄ, Bahia, CearĂĄ, Distrito Federal, GoiĂĄs, Mato Grosso, Minas Gerais, ParĂĄ, ParaĂba, ParanĂĄ, Pernambuco, PiauĂ, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
As demais unidades apresentam sinal de estabilidade ou queda na tendĂȘncia de longo prazo.
Os dados completos podem ser acessados na pĂĄgina da Fiocruz na internet.
Fonte: AgĂȘncia Brasil