Maceió é conhecida por suas belas praias e clima tropical, mas nos últimos dias está enfrentando um fenômeno meteorológico peculiar: um vento com direção e intensidade– que não são normais para este período. Especialistas apontam que essa mudança pode ter impactos significativos na saúde respiratória, especialmente em crianças. A pneumologista infantil Rita Silva destaca que essa alteração pode contribuir para o aumento de problemas respiratórios em crianças, como asma e bronquite.
Para entender melhor esse fenômeno, buscamos o auxílio do meteorologista Vinicius Pinho, que explica que o vento Nordeste é comum durante o período de primavera em Alagoas, geralmente entre outubro e dezembro. Esse vento está associado a um clima mais seco e temperaturas elevadas. "O vento Nordeste é resultado da alta subtropical do Atlântico Sul, um sistema meteorológico que atua sobre o Oceano. Durante a primavera, ele tende a se posicionar um pouco mais ao norte, influenciando diretamente os ventos em direção a Alagoas", explicou o meteorologista.
Além de sua associação com o clima seco, este vento também traz consigo partículas do mar, o que pode impactar a qualidade do ar, especialmente em áreas urbanas. Diante desse cenário, a prevenção torna-se essencial. A médica Rita Silva ressalta a importância de monitorar os sintomas respiratórios em crianças e procurar orientação médica quando necessário. "Manter as vias respiratórias das crianças saudáveis é crucial", orientou o pneumologista.
Embora essa ventania seja uma característica sazonal, a compreensão dos seus efeitos na saúde respiratória das crianças é crucial. A colaboração entre pais e responsáveis, profissionais de saúde e meteorologistas pode ajudar a diminuir os impactos adversos desse fenômeno. "O vento traz consigo partículas e poluentes do mar, o que pode desencadear sintomas em crianças predispostas a condições respiratórias. Recomenda-se que os pais estejam atentos e tomem medidas preventivas, como manter ambientes arejados e o uso adequado de medicamentos prescritos", afirmou a especialista.
Fonte: Redação com assessoria