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Alagoas reduz extrema pobreza, em primeiro ano da gestão do governador Paulo Dantas

Por Alexandre Vieira em 25/01/2024 às 10:28:47

Reprodução

A taxa de alagoanos que vivem em situação de extrema pobreza recuou 3,3 pontos percentuais em 2022 - primeiro ano do governo Paulo Dantas -, na comparação com o ano anterior, segundo os dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgados no fim de 2023, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados, entre um ano e outro o índice de pessoas em pobreza extrema reduziu de 16,4% para 13,1%. É considerada em extrema pobreza a população que vive com menos de R$ 200 por mês, segundo a metodologia desenvolvida pelo Banco Mundial.

O levantamento do IBGE também mostra que o número de alagoanos que viviam na pobreza caiu de 60,3% em 2021 para 54,2% no ano seguinte - uma redução de 6,1 pontos percentuais. Pela mesma metodologia, o Banco Mundial considera pobre a população que vive com até R$ 637 por mês.

Em todo o país, o percentual de pessoas em extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 200 por mês, caiu para 5,9% em 2022, após alcançar 9,0% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza, que viviam com até R$ 637 por mês, caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022.

Segundo o IBGE, a queda da extrema pobreza no Brasil se deve à participação dos benefícios de programas sociais, que chegou a 67% dessa população em 2022. No Nordeste, esses benefícios representaram 72,4%.

"Isso mostra a importância das transferências de renda para a composição da renda dos domicílios de pessoas extremamente pobres e a maior influência do mercado de trabalho na composição da renda da população pobre", observa André Simões, analista da pesquisa do IBGE.

Incertezas mundiais

No mundo, cerca de 700 milhões de pessoas sobrevivem com menos de US$ 2,15 (R$ 10,50) por dia, segundo relatório do Banco Mundial divulgado no fim do ano passado. Segundo o documento, esse número era 40% menor em 2010, mas o combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia da Covid-19.

A instituição afirma que, em razão da pandemia, 2022 foi um ano de incertezas, e 2023 foi o ano do aumento das desigualdades. "Embora a pobreza extrema nos países de rendimento médio tenha diminuído, a pobreza nos países mais pobres e nos países afetados pela fragilidade, conflito ou violência ainda é pior do que antes da pandemia", cita o relatório.

"Para os países que esperam recuperar as perdas devastadoras da pandemia da Covid-19, a batalha tornou-se mais difícil devido às ameaças agravadas das alterações climáticas, da fragilidade, do conflito e da violência, ou da insegurança alimentar, para citar apenas algumas – que tornam difícil para que as economias em geral se recuperem totalmente", continua o documento, que pode ser lido clicando aqui.

Ao contrário das incertezas de 2022 sugeridas pelo Banco Mundial, a secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Kátia Born, diz que a redução significativa nos índices da extrema pobreza em Alagoas naquele ano confirma que o Governo do Estado tem como prioridade assistir a população que mais necessita de políticas públicas.

"Com o apoio do Governo Federal e do presidente Lula [Luís Inácio da Silva] vamos seguir trabalhando arduamente na implementação de programas que beneficiem a população em situação de vulnerabilidade social", destacou a Katia.

A secretária de Estado da Primeira Infância (Secria), Paula Dantas, reforça que a queda do número de alagoanos que vivem em extrema pobreza se deve a uma série de fatores, entre eles os programas sociais desenvolvidos pelo Governo do Estado. Ela cita como exemplo o Cartão Cria, que tem como objetivo contribuir para a alimentação de milhares de famílias na primeira infância, ou seja, no período da gestação até os 6 anos de idade.

"O fortalecimento do Cartão Cria, com o pagamento da 13ª parcela neste mês de janeiro, possibilitou injetar na economia alagoana R$ 40 milhões. Neste mês, cada beneficiário recebeu um total de R$ 300", explicou Paula Dantas. Para ela, iniciativa como essa é uma forma direta e concreta de combater a pobreza extrema em Alagoas.

O Cartão Cria atende o público da primeira infância em condição de vulnerabilidade social e tem inscritos alagoanos dos 102 municípios. Segundo ela, a iniciativa tem um impacto direto na vida das pessoas e, consequentemente, nos indicadores. "Reforça a necessidade de investir em políticas públicas e confirma que estamos no caminho certo", destaca a secretária.

Para além da assistência, a Secria atua em frentes estratégicas, como a saúde e a educação, no entendimento de que são ações complementares para assegurar uma melhor condição para o público-alvo. "As ações estão canalizadas no entendimento de que para ajudar uma criança é preciso viabilizar meios para ajudar a família. Por isso, precisamos de creches para que as crianças recebam alimentação adequada e tenham seu desenvolvimento cognitivo assegurado, de projetos voltados à saúde bucal, a cobertura vacinal e tantos outros que se complementam", explicou Paula Dantas.

Além do Cartão Cria, outra ação que deve contribuir para erradicar a extrema pobreza no Estado é o Alagoas Sem Fome, instituído no fim do ano passado pelo governador Paulo Dantas. O programa consiste na reunião interinstitucional de esforços e ações públicas e privadas dirigidas ao enfrentamento da fome das populações em situação de pobreza e de extrema pobreza no estado.

Este ano, o governador Paulo Dantas prepara o lançamento de um plano mais arrojado para combate à fome, que deve ser anunciado nos próximos dias. "Alagoas quer investir no desenvolvimento e na implementação de políticas públicas efetivas que possibilitem a redução gradual da insegurança alimentar e nutricional no estado. E, para isso, contará com ações do Programa Alagoas Sem Fome, dentro das secretarias estaduais que vão atuar diretamente no combate à fome em ações específicas", ressaltou o governador Paulo Dantas.

Nesse sentido, explica ele, o programa contará com ações das secretarias de Estado da Primeira Infância (Secria), por meio do Cartão Cria; Educação (Seduc), com os programas Nacional de Alimentação Escolar na Rede Estadual de Ensino e o Mais Merenda, além do Cartão Escola 10; Agricultura (Seagri), com os programas de Agricultura Familiar, Leite do Coração, Planta Alagoas e Distribuição de Alevinos; Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), com os Restaurantes Populares, Complexos Nutricionais e Programas Emergenciais para à população em situação de vulnerabilidade e risco social.

Fonte: Secom Alagoas

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