O anúncio do prefeito JHC sobre a realização do festival Verão Massayó 2024 em Maceió, programado para ocorrer de 12 a 21 de janeiro, traz consigo tanto expectativas quanto questionamentos. O evento, marcado para acontecer no estacionamento do Jaraguá, promete atrair grandes nomes da música, como Luísa Sonza, Nattan, Manu Bahtidão, Nando Reis, e a notável presença de Millane Hora, esposa do senador Rodrigo Cunha.
Enquanto o festival é celebrado por muitos, como evidenciado pelos comentários entusiasmados da fisioterapeuta Alexsandra Melo, há aspectos que merecem uma análise mais crítica. Um deles é a inclusão de Millane Hora no lineup. Sua seleção, embora possa ser vista como um reconhecimento do seu talento artístico, também levanta questionamentos sobre a proximidade política e suas influências nas decisões culturais da cidade.
Além disso, há relatos preocupantes de que as atrações contratadas para o São João de 2023 ainda não receberam seus cachês pela Prefeitura. Essa situação, se confirmada, lança uma sombra sobre a gestão dos recursos públicos e a organização de eventos municipais. É essencial que a administração pública de Maceió assegure a justa compensação aos artistas envolvidos em seus eventos, respeitando os compromissos financeiros assumidos.
O festival Verão Massayó é uma importante iniciativa para impulsionar a economia local e o turismo, especialmente após os desafios impostos pela pandemia. Entretanto, a eficácia desses eventos em promover a cultura e o lazer da população deve ser equilibrada com uma gestão transparente e responsável.
O sucesso de um festival não se mede apenas pela qualidade de suas atrações, mas também pela integridade e eficiência com que é organizado. Espera-se que a Prefeitura de Maceió, sob a liderança do prefeito JHC, aborde essas questões de maneira proativa, garantindo que o festival não apenas celebre a cultura, mas também reflita os valores de equidade, transparência e responsabilidade fiscal.
Fonte: Tribuna do Sertão