Trabalhadores ambulantes de Maceió realizaram nesta segunda-feira (31), em pelo menos dois bairros da capital alagoana, para pedir ao governo de Alagoas para não cancelar os festejos juninos no Estado. A categoria alega que centenas de pessoas ficariam prejudicadas com o cancelamento.
Segundo os ambulantes, no período da pandemia muita gente ficou desempregada e sequer deu para sustentar a família, devido ao isolamento social decretado pelo governo durante vários meses.
Os trabalhadores ressaltaram que muita gente investiu recursos para comprar mercadoria para vender durante os eventos que seriam realizados em diversos pontos da cidade. "Eu sei que está difícil para todo mundo, mas teve gente que vendeu moto e bicicleta para investir em mercadoria", disse um dos manifestantes.
Além de vendedores ambulantes, eventos como os festejos juninos alimenta uma cadeia de profissionais como seguranças, montadores das estruturas como palcos e camarotes, além de depósitos de bebidas, fábricas de gelo, entre outros.
Nesta segunda-feira (30), o Ministério Público Estadual (MP-AL) recomendou que Maceió cancele as festas de São João, marcadas para começar no dia 15 de junho. A prefeitura decretou situação de emergência na última semana por causa dos estragos causados pelas chuvas.
Diante dos estragos, o governo de Alagoas decidiu adiar o início da programação de São João, que começaria nesta quarta (1), para a próxima sexta-feira (4), mesmo diante da recomendação do MP.