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RJ: pesquisadores comemoram aumento do número de micos-leões-dourados

Após um surto de febre amarela que surgiu a partir de 2017 que reduziu em cerca de 32%, em dois anos, a população do mico-leão-dourado, a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) comemora neste mês de agosto o crescimento da espécie de 2,5 mil indivíduos, em 2019, para 4,8 mil, em 2023.

Por Voz na Comunidade em 06/08/2023 às 11:21:15

Grupo de micos-leões-dourados. Foto - Andreia Martins/Divulgação

Palmito-juçara

O projeto prevê também o plantio de palmito juçara (Euterpe edulis) em dez hectares de Mata Atlântica já restaurada na fazenda onde fica o parque. A área era um pasto destinado à criação de gado e cavalos. Outros 90 hectares já foram restaurados com plantio de espécies da Mata Atlântica. "Ou seja, ajudar a floresta. Quando a gente faz uma restauração, a gente planta, principalmente, espécies arbóreas que crescem mais rápido. Outras espécies vêm depois com o vento e animais que trazem as sementes. Nesse caso, estamos enriquecendo uma parte dessa floresta com palmito-juçara que é uma espécie da flora também ameaçada, por conta da superexploração para o palmito".

O Parque Ecológico do Mico-Leão-Dourado está localizado no interior do estado do Rio de Janeiro, no município de Silva Jardim, próximo à Região dos Lagos. Luís Paulo Ferraz explica que essa é a única região do Brasil onde existe essa espécie animal. "Ela é endêmica daqui. Nunca teve em nenhum outro lugar A gente trabalha nos fragmentos de floresta que sobraram, para tentar criar uma área na de floresta grande o suficiente, protegida e conectada, para que os micos possam, um dia, sair da lista de espécies ameaçadas". Outros objetivos são salvar a espécie, recuperar a Mata Atlântica, melhorar as condições ambientais da região. "É um projeto de longo prazo mesmo de conservação". O projeto prevê ainda o fortalecimento das atividades de educação ambiental e a ampliação dos números de escolas da região que farão visitas regulares ao parque.

Apoio

Contando desde 2019 com apoio financeiro da ExxonMobil Brasil, que soma R$ 4,7 milhões, no período desses cinco anos, a AMLD pôde dar continuidade ao projeto de preservação do animal no seu habitat natural.

Ferraz informou que a parceria com a ExxonMobil Brasil e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) tem contribuído para estruturar o Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado na fazenda, que foi adquirida pela AMLD em 2018. "Esse apoio ajudou a restaurar uma área de Mata Atlântica com plantio de 20 mil mudas e realizar várias outras ações para estruturar o parque". O apoio ajuda também na manutenção do local.

Começo

Os trabalhos em prol do mico-leão-dourado tiveram início na década de 1970, com os primeiros estudos e iniciativas para proteger a espécie, mas a AMLD foi criada em 1992. "No ano passado, a gente fez 30 anos". A mudança para o Parque Ecológico ocorreu em 2019. Na maior parte do tempo, os pesquisadores trabalhavam dentro da Reserva Biológica de Poço das Antas, área protegida pelo governo federal e vizinha ao parque.

As visitas ao Parque Ecológico ocorrem de quinta-feira a sábado. Há perspectiva de, em breve, ampliar para domingo, adiantou o secretário-executivo da Associação. O agendamento pode ser feito no site micoleao.org.br.

Fonte: Agência Brasil

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