Apesar do acordo, alguns parlamentares se manifestaram contrários à convocação do fotógrafo da Reuters Adriano Machado, que cobriu a invasão do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. O deputado Rogério Correia (PT-MG) ponderou sobre a convocação do fotojornalista. "Não é um problema querer ouvi-lo, mas é uma questão de princípio em relação à questão de liberdade de imprensa", explicou.
Oito parlamentares da oposição pediram a convocação do fotojornalista, que teve o nome incluído na votação por meio do acordo com os parlamentares ligados à base governista. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sugere, no requerimento, que o profissional de imprensa teria combinado as fotos com os invasores.
A CPMI ainda rejeitou, por 19 votos contra 12, dois requerimentos de convocação apresentados pela oposição. Os parlamentares queriam interrogar o coronel Sandro Augusto Salles Queiroz, então comandante da Força Nacional no dia da invasão; e Tomás de Almeida Vianna, substituto eventual do Diretor de Inteligência do Ministério da Justiça.
O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) apelou à Comissão para convocar o comandante da Força Nacional. "Ela foi chamada para defender o patrimônio público, essa é uma das características desse batalhão. E a gente precisa saber onde é que ela estava, onde ela foi posicionada", justificou.
Para deputada Jandira Fegalhi (PCdoB-RJ), essa não era a hora de ouvir o representante da Força Nacional, o que poderia tirar o foco da investigação. "Nós precisamos ter as informações para fazer a inquirição. Senão, o depoente chega aqui e o que ele fala é verdade, a gente não tem como contrapor", justificou.
Fonte: AgĂȘncia Brasil