Na manhã de quarta-feira (17), problemas no sistema de energia da Linha 9 – Esmeralda, que liga a zona sul paulistana a Osasco, na parte oeste da região metropolitana, fez com que os trens operassem por uma única via. Assim, os passageiros enfrentaram mais de duas horas de atrasos. Segundo a concessionária, o problema teve início às 10h17 e foi solucionado às 12h34.
De acordo com a Via Mobilidade, os novos recursos serão aplicados em cinco frentes: melhoria nas estações Antônio João, Barra Funda, Presidente Altino, Primavera Interlagos, e a implantação de tecnologia que permitirá aos usuários, em tempo real, saber os horários de chegada e partida das composições.
A Via Mobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas, ganhou, em 2021, a concessão para administrar as linhas 8 e 9, que eram mantidas pela estatal estadual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O contrato tem validade de 30 anos. A empresa também mantém a Linha 5 – Lilás do sistema de metrô.
Desde que a empresa assumiu a operação das linhas, os passageiros vêm sofrendo com as constantes falhas do serviço.
Em março, um parecer elaborado pela área técnica do Ministério Público de São Paulo apontou para a necessidade de medidas emergenciais para garantir a segurança da Linha 8 - Diamante, que liga a região central paulistana à parte oeste da região metropolitana. Segundo o documento, era preciso ainda fazer manutenção e modernização de equipamentos antigos.
O relatório foi elaborado para embasar o trabalho dos promotores no inquérito sobre dois acidentes ocorridos na linha em 2022. Em março do ano passado, um trem bateu contra uma barreira de proteção na Estação Julio Prestes, na região central paulistana. Em dezembro, a mesma composição descarrilou na Estação Domingos de Moraes, na zona oeste da cidade. Ninguém ficou ferido em nenhuma das situações.
Na manifestação desta quinta-feira, a Frente Povo Sem Medo cobrou explicações sobre as denúncias veiculadas no último fim de semana de que houve redução no tempo de formação de condutores após a privatização.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Via Mobilidade e aguarda a manifestação sobre o protesto.
Fonte: Agência Brasil