A Amgen, que é uma empresa independente de biotecnologia, lançou hoje (11), na capital paulista, em parceria com a International Myeloma Foundation, a campanha Mais Próximos Mais Fortes, um movimento de conscientização sobre o mieloma mĂșltiplo.
No Espaço Mieloma MĂșltiplo - Mais Próximos Mais Fortes, montado no Museu da Casa Brasileira, o pĂșblico poderĂĄ visitar a exposição itinerante, que fica até amanhã na capital. A mostra segue para o Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e BrasĂlia (DF) nos próximos meses.
O circuito é composto por trĂȘs ambientes. Um deles tem um ambiente imersivo, em que imagens gigantes são projetadas em telões e monitores, para que o visitante conheça e entenda, de forma didĂĄtica, o que é o mieloma, quais são os sinais e sintomas caracterĂsticos da doença.
A exposição conta também com oficinas de mandalas terapĂȘuticas, ministradas por um instrutor a partir de uma abordagem holĂstica e complementar ao mieloma mĂșltiplo, e um espaço para palestras. HaverĂĄ ainda uma abordagem em 360Âș sobre o mieloma mĂșltiplo, a partir do ponto de vista de quem tem a doença.
O mieloma mĂșltiplo é um tipo de câncer do sangue que afeta o sistema hematológico, resultando em complicações principalmente renais e esqueléticas. A doença também acarreta problemas no sangue, como anemia, coagulação anormal, imunossupressão e hiperviscosidade, fadiga, infecção e tromboembolismo venoso, e nos rins, como quadros de proteinĂșria, hipercalcemia e insuficiĂȘncia renal, podendo levar à dependĂȘncia de diĂĄlise.
São comuns ainda comprometimentos ósseos, como lesões lĂticas, osteopenia e hipercalcemia (geralmente os ossos mais afetados são a coluna vertebral, a pélvis e a caixa torĂĄcica) além de episódios de dor e imobilidade, o que resulta em dor e impacto na mobilidade.
De acordo com a Amgen, estima-se que o mieloma mĂșltiplo atinja quatro a cada cem mil brasileiros, o que representa, aproximadamente, 7.600 novos casos por ano. JĂĄ nos EUA, são 19 mil diagnósticos registrados no mesmo perĂodo.
Dados de uma pesquisa recente realizada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) mostram que, após os primeiros sintomas, 26% dos pacientes levam até um ano para procurar o médico. Também após os primeiros sintomas, 33% e 29% dos pacientes com mieloma mĂșltiplo demoram de seis meses e um ano, respectivamente, para receberem o diagnóstico.
"O espaço itinerante sobre mieloma mĂșltiplo tem o objetivo de mostrar o impacto deste tipo de câncer de sangue, que muitas vezes apresenta sintomas que são confundidos com doenças mais conhecidas por parte das pessoas. Mais do que entender a doença, a ideia da ação itinerante, que estarĂĄ em outras capitais e serĂĄ disseminada nas redes sociais da Amgen e dos demais parceiros do projeto, é alertar sobre a conscientização das pessoas em relação à importância do diagnóstico precoce, a partir dos primeiros sinais e sintomas, e da evolução no tratamento, principalmente com a chegada recente de terapias mais modernas", explicou o diretor-médico da Amgen, Alejandro Arancibia.
Fonte: AgĂȘncia Brasil