O abastecimento de água em Arapiraca e outras cidades da região Agreste segue em fase de regularização gradativa nesta semana. Isso porque a captação do Sistema Coletivo, que fica no rio São Francisco, em São Brás, recebeu um novo conjunto motobomba na sexta-feira (10), e, assim, recuperou 100% da capacidade produtiva.
A captação estava operando com apenas um equipamento desde o dia 27 de fevereiro, quando dois conjuntos motobombas (um titular e um reserva) apresentaram defeito e foram retirados para manutenção em uma empresa especializada em Recife/PE. Desse modo, o sistema ficou operando com a capacidade de apenas 50% do normal.
Agora, após a instalação de um equipamento novo adquirido pela empresa Agreste Saneamento, responsável pela operação do sistema e repasse da água para a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a produção de água voltou ao patamar normal de 100%.
No entanto, segundo a Casal, que é responsável pela distribuição na maioria das cidades atendidas pelo Sistema Coletivo do Agreste, a recuperação do abastecimento é gradativa, em razão da necessidade de pressurização da rede.
Além de Arapiraca, recebem água desse sistema: Olho D"água Grande, São Brás, Campo Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Feira Grande e Coité do Nóia. Craíbas e Igaci, que recebem água do Sistema Adutor do Agreste, também são beneficiadas, visto que recebem complemento de abastecimento do Sistema Coletivo do Agreste, que recuperou a capacidade produtiva.
Segundo a empresa Agreste Saneamento, as queimas dos dois motores foram provocadas por mexilhões dourados, que são sugados do rio e entram nos compartimentos internos dos equipamentos, causando o travamento do eixo da bomba. Esta espécie é exótica à fauna local, considerada uma praga na sua forma de proliferação e foi detectada recentemente nas unidades.