Tendo como uma de suas principais bandeiras a luta pelo povo, e consequentemente, pela inclusão social, a vereadora Gaby Ronalsa comemorou a aprovação, unânime, do Projeto de Lei, de sua autoria, que autoriza o Poder Executivo a regulamentar, por meio de Lei Específica, a Rede de Inclusão da Pessoa com Deficiência Auditiva e do Surdo – RIPDAS no município de Maceió. A Lei que instituir a RIPDAS deverá ter por objetivo a inserção da Pessoa com Deficiência Auditiva e do Surdo em todos os órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo de Maceió, respeitando a Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência. O Projeto de Lei foi encaminhado para sanção do Prefeito de Maceió para que seja transformado em Lei e, até pela importância da matéria, se espera a devida celeridade.
No país, cerca de 5% da população é surda e, parte dela usa LIBRAS como ferramenta de comunicação. De acordo com dados do IBGE, esse número representa 10 milhões de pessoas, sendo que 2,7 milhões não ouvem nada. Existem mais de 300 variantes da língua de sinais no mundo. Elas são responsáveis por boa parte da comunicação de surdos, que totalizam 466 milhões de pessoas. Apesar da variedade de línguas de sinais, ainda existe uma necessidade muito grande de divulgá-las para promover a inclusão e melhorar a acessibilidade para esse público. A Organização Mundial de Saúde estima que, até 2050, 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez.
Segundo a vereadora Gaby Ronalsa, as pessoas com deficiência auditiva e as surdas, por meio de conquistas legais, obtiveram, por norma, a sua inserção no mercado de trabalho, no entanto, isso não garante de fato uma inclusão social, pois esta depende do emprego da língua de sinais – LIBRAS e do reconhecimento dos reais desafios, necessidades e potencialidades dessas pessoas. "Como parlamentar e participante da sociedade fico estarrecida com algo que deveria ser primordial e acessível a todos, que é a comunicação, mas que, ainda, para muitos é inatingível. A falta de uma forma de se comunicar tem graves consequências para o indivíduo no que se refere ao seu desenvolvimento emocional, social e intelectual. É preciso que a inclusão exista e ocorra de forma clara e eficaz. Estou nesta luta em prol da comunidade surda e das pessoas com deficiência auditiva, que, infelizmente, para alguns acabam sendo invisíveis, por isso dou a minha voz a elas e buscarei, sempre, meios de ajudá-las", ponderou a vereadora.
Algumas pessoas nascem com problemas auditivos ou surdas e não conseguem ouvir o que é dito pelos outros. Devido à deficiência a fala fica prejudicada, não sendo raros os casos em que a fala não é desenvolvida. Para ultrapassar esse obstáculo de comunicação, foi criada a Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS, a fim de que as pessoas surdas possam se comunicar por gestos/sinais. "O objetivo é a divulgação dessa língua e torná-la acessível, corriqueira e presente em todos os ambientes sociais e em prol da construção de uma sociedade inclusiva e igualitária. Infelizmente, em Maceió, a comunidade surda enfrenta inúmeros problemas, a aprovação do PL é uma barreira a menos de que a comunicação seja quebrada em nosso município, quando um surdo precisar conversar ou pedir ajuda. Espero que o Executivo, o mais rápido possível, sancione meu PL e adote as medidas cabíveis a fim de regulamentar, por Lei Específica, a Rede de Inclusão da Pessoa com Deficiência Auditiva e do Surdo – RIPDAS, para esta comunidade tão importante e necessitada de mais políticas públicas e de um olhar mais humano e fraternal", concluiu a autora da matéria, Gaby Ronalsa.