Órgãos municipais e federais visitaram o aterro sanitário de Maceió, localizado no Benedito Bentes, nesta terça-feira (07), para conhecer a estrutura e o funcionamento do local. Além de representantes da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), responsável pela administração da área, a Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) e Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados (Arser) também foram representadas na comitiva.
Os funcionários da Orizon, empresa que opera a Central de Tratamento de Resíduos (CTR Maceió), acompanhados também por um grupo do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (MPAL), apresentaram o controle do recebimento de resíduos, como a classificação na entrada da central e pesagem dos caminhões.
Em seguida foi apresentada a operação no tratamento dos resíduos sólidos urbanos, resíduos de construção civil e dos resíduos inertes. Por fim, a empresa Orizon apresentou a estação de tratamento de chorume, prestando informações técnicas, como as etapas do tratamento biológico.
A última área visitada é responsável por uma avançada tecnologia e filtragem e a combinação de diversos processos de tratamento, como a nanofiltração e a osmose reversa, que transforma o chorume, líquido escuro resultante da decomposição do lixo, em água limpa, com qualidade atestada por laboratórios certificados.
A água, além de ser utilizada dentro do próprio aterro sanitário para molhar o solo e evitar o excesso de poeira no local, também está sendo utilizada em áreas públicas da capital alagoana, como na irrigação de praças e limpeza urbana.
Sobre a prática, Ronaldo Farias, superintendente da Sudes, afirma que o reuso é extremamente importante para o meio ambiente.
"De forma geral, estamos contribuindo para a saúde da natureza. O chorume é extremamente agressivo ao meio ambiente e, quando tratado e transformado em água de reuso, passa a ser sustentável, fazendo com que a Prefeitura economize o gasto com água potável na irrigação e lavagem de espaços públicos da capital. Era um líquido que só causaria danos e, agora, ajuda a garantir uma cidade melhor para todos nós", disse.
A respeito da visita de diversos órgãos ao aterro sanitário, o superintendente completa "é importante que as pessoas conheçam o funcionamento, que está sempre dentro dos conformes, e confiram de perto como é feito o tratamento dos resíduos que são gerados em suas residências no dia a dia", afirmou.
Para o procurador do MPF, Lucas Horta, o objetivo da visita foi concretizar informações levadas ao órgão sobre o CTR.
"A ideia agora é sentar à mesa com todos os atores envolvidos e nos concentrar nos aspectos que ainda carecem de aperfeiçoamento, seja do lado da operação, atualmente desenvolvida pela empresa concessionária, seja do lado da administração, desempenhada pelo Município através da Sedet e Sudes, e pelo Estado através do Instituto do Meio Ambiente", argumentou.