Nesta terça-feira, 28, o programa Pânico recebeu a atriz Luiza Tomé, que falou sobre as adversidades em firmar longos contratos de atuação em emissoras como a Rede Globo. "Era muito bom, mas perdia muito a liberdade. Claro que é bom receber um dinheiro e às vezes estar sem trabalhar, mas, em contrapartida, você fica com limitações. Tem que pedir permissão, você tem um pai o tempo inteiro. Em qualquer emissora você fica muito contida em expressar o que você acha da vida, das pessoas, do mundo", revelou. "Se você pensa como eu, é legal; se pensa diferente de mim, é louco, doente, assassino, reacionário, contra a vacina. Isso é louco, chato, está muito chato o país. A gente não pode mais falar muitas palavras. Eu sou de direita, tenho o direito de pensar. Já votei na esquerda, mas a gente muda, graças a Deus. Fiz grandes textos, grandes novelas. As pessoas precisam sonhar, a gente está num ano muito difícil, muito doido, muito falso. A novela é um momento de sonho, ou de aprender coisas, textos e autores bacanas. Não ficar retratando violência, acho que está muito punk. Olha que absurdo isso, eu só falei do que acredito, do que eu gosto."
Conhecida por seu protagonismo na televisão brasileira — fez sucesso nos anos 80 e 90 em novelas como "Tieta" e "A Indomada" —, Luiza Tomé se apresenta com a peça "Nunca Desista de Seus Sonhos", no Teatro Santo Agostinho, em São Paulo. A apresentação se inspira na obra homônima do autor Augusto Cury e propõe discutir a vida. Nela, Tomé viverá uma psicóloga. "Ela resolve o prolema dos pacientes dela, mas não consegue resolver o próprio", detalhou. O espetáculo estará em cartaz até o dia 1º de maio deste ano. A atriz ainda comparou a diferença entre novelas atuais e antigas. "É uma geração completamente diferente. Tem uma educação de uma geração toda diferente. Você tem obrigatoriedade de ter personagem X", concluiu.
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