A escolha das presidĂȘncias desses colegiados – pelos quais passam as propostas legislativas antes da votação final em plenĂĄrio – quase sempre respeita critérios de proporcionalidade com o tamanho das bancadas dos partidos e blocos.
Essas comissões também são disputadas por PP, MDB e PL, sendo a Ășltima a sigla do ex-presidente, Jair Bolsonaro. Entre outras comissões, pela facilidade de monitorar ações do governo federal, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle também estĂĄ nos planos do PL. Outro pleito da legenda é a relatoria do próximo Orçamento.
JĂĄ no Senado, o PL tenta garantir ao menos a presidĂȘncia da Comissão de Infraestrutura. Apesar de ter a maior bancada na Casa, com a derrota do bloco da minoria – PL, PP e Republicanos – para a presidĂȘncia, a expectativa é de que o PL fique com a Comissão de Assuntos Socais (CAS), que tradicionalmente não é alvo de disputa acirrada.
Em relação as pautas prioritĂĄrias, o destaque é o grupo de trabalho criado com 11 deputados para tentar destravar a reforma tributĂĄria, que hĂĄ anos se arrasta sem avanços no Congresso. Liderado pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) e com relatoria do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), na próxima semana – na terça-feira (28) e na quarta-feira (1) –, o grupo deve se reunir para iniciar as atividades oficialmente com a apresentação do plano de trabalho e, no dia seguinte, para dar andamento à discussão.
O ato de criação do grupo estima que os trabalhos sejam concluĂdos em até 90 dias. Nesse perĂodo estão previstas audiĂȘncias pĂșblicas e reuniões com órgãos e entidades da sociedade civil organizada, profissionais, juristas e autoridades.
A expectativa é de que um texto esteja pronto para votação entre dois e trĂȘs meses. Para dar agilidade ao debate, a equipe econômica do governo, comanda por Fernando Haddad, defende a aprovação da reforma em duas etapas. A primeira teria foco na mudança da tributação sobre o consumo e expectativa de aprovação ainda no primeiro semestre. JĂĄ a segunda, a ser apresentada no segundo semestre, traria mudança dos impostos sobre a renda.
Oficialmente, na semana que vem, estĂĄ prevista apenas uma sessão de entrega da comenda de incentivo à Cultura na terça-feira (28), além de uma sessão solene para relembrar o centenĂĄrio da morte de Rui Barbosa (em 1/3/1923), marcada para 1Âș de março.
O requerimento para homenagear o patrono dos advogados, do Senado e do Tribunal de Contas da União (TCU) é do presidente da Casa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Fonte: AgĂȘncia Brasil