Segundo o documento, assinado pelo presidente da legenda, Juliano Medeiros, enquanto esteve à frente da pasta da Mulher, FamĂlia e Direitos Humanos, no governo do ex-presidente Jair Boslonaro, Damares utilizou a mĂĄquina pĂșblica para promover uma polĂtica "etnocida e racista" contra os povos originĂĄrios, em especial os yanomami.
O documento, que traz vĂĄrios anexos de fotos feitas na Terra IndĂgena (TI) Yanomami, ressalta ainda que a ministra perpetuou, junto ao ex-presidente da Funai, Marcelo Xavier, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma "polĂtica de morte".
Caso a denĂșncia seja aceita e avance no colegiado, as penas previstas vão de medidas disciplinares – como advertĂȘncia, censura e perda temporĂĄria do exercĂcio do mandato –, até a mais severa: a perda do mandato.
O Conselho de Ética do Senado não se reĂșne desde antes da pandemia de covid-19. Os cargos do colegiado estão vagos. Cabe ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instalar o colegiado e aos lĂderes dos blocos partidĂĄrios, indicar seus integrantes.
Até que isso ocorra, a representação fica parada no conselho. Depois de instalado, o presidente do colegiado, é quem decide se darĂĄ ou não seguimento à denĂșncia. Antes disso, é praxe que seja pedido um parecer sobre o caso para a Advocacia-Geral do Senado.
Até o fechamento da matéria a assessoria da senadora Damares Alves não comentou o posicionamento da parlamentar sobre a representação.
Fonte: AgĂȘncia Brasil