Uma operação realizada, na região do semiárido alagoano, flagrou e embargou uma área com 700 hectares de área desmatada. A fiscalização no bioma Caatinga foi feita por fiscais do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo Daniel da Conceição, assessor de Geoprocessamento do IMA/AL, a operação batizada com o nome de Mandacaru, aconteceu entre os dias 16 e 27 de janeiro, com a identificação dos desmatamentos por meio dos alertas disponibilizados pelas plataformas MapBiomas e Brasil Mais da Polícia Federal (PF). A partir de análise temporal por imagens de satélite se identifica a alteração da cobertura vegetal de determinada área.
Na sequência, os técnicos seguiram ao local para realizar os registros fotográficos para comprovação da infração e a identificação do responsável. Nesse caso, a operação percorreu os municípios de Mata Grande, Inhapi, Pariconha, Água Branca, Delmiro Gouveia, Piranhas e Olho D'água do Casado.
"Todas as áreas desmatadas fiscalizadas tiveram os responsáveis identificados e penalizados", comentou Daniel Conceição. As áreas vistoriadas variaram de um a 270 hectares e não foram as maiores áreas de desmatamento identificadas no bioma Caatinga em Alagoas. Durante a operação também foram encontrados fornos de carvão, mas os responsáveis conseguiram fugir e não houve flagrante.
Tecnologia
A utilização de imagens de satélite e de câmeras em drones é forte aliada na ação dos técnicos que atuam em campo. Com a tecnologia é possível fazer um mapeamento real do problema e ainda encontrar a localização exata para a identificação dos infratores. As equipes de fiscalização do IMA/AL têm nesses recursos uma estratégia para ampliação e melhoria dos trabalhos.
Um exemplo é a Operação Mandacaru, realizada na região do bioma Caatinga. Sem a ajuda das imagens, por exemplo, para mapear a mesma área poderia ser necessário mais tempo e mais equipes. Além disso, o órgão ainda disponibiliza o aplicativo IMA Denuncie, de modo gratuito, para smartphones, para pessoas denunciarem, de forma anônima e de qualquer lugar do Estado.