Considerada a maior competição cientĂfica do Brasil, ela é promovida pelo Instituto de MatemĂĄtica Pura e Aplicada (IMPA) e reĂșne, todos os anos, mais de 18 milhões de estudantes do 6Âș ano do ensino fundamental ao 3Âș ano do ensino médio. No ano passado, foram 18,1 milhões de alunos de 54 mil escolas, atingindo 99,78% dos municĂpios brasileiros.
"A gente sabe da importância dessas medalhas no estĂmulo ao ensino da matemĂĄtica. Assim, resolvemos aumentar o nĂșmero de medalhas concedidas aos estados", revelou. Dessa forma, o aluno estarĂĄ concorrendo a medalhas nacionais mas, ao mesmo tempo, vai participar de uma disputa interna no seu estado. Cada estado vai distribuir um certo nĂșmero de medalhas de ouro, prata e bronze para os seus alunos.
Landim estimou que isso vai aumentar o nĂșmero de medalhas distribuĂdas de cerca de 8,4 mil para perto de 30 mil, além de 51 mil menções honrosas. O objetivo da medida é estimular o ensino da matemĂĄtica. "Com isso, a gente espera ter um nĂșmero cada vez maior de alunos participando e tentando conquistar uma medalha", afirmou.
Outra novidade é que o IMPA estĂĄ duplicando o nĂșmero de medalhas destinadas a escolas privadas. "Eram 75 medalhas de ouro e passarão a ser 150. Isso também visa aumentar o nĂșmero de premiados para tentar estimular a participação", informou.
Segundo o diretor informou, uma coisa que ocorre apenas com as escolas privadas é que elas inscrevem somente estudantes interessados em matemĂĄtica.
Ele deixou claro que a prova não mede conhecimento e que os problemas apresentados envolvem criatividade. "São desafios à inteligĂȘncia", contou.
Durante a prova, muitos alunos que não gostam de matemĂĄtica acabam percebendo que a matéria consegue ser algo divertido e desafiador. Por isso, o diretor adjunto do IMPA reforçou que é uma pena que alunos que não tĂȘm boas notas ou que não manifestem interesse em matemĂĄtica não sejam inscritos.
"Porque é uma oportunidade Ășnica que eles tĂȘm de descobrir que a matemĂĄtica é bem diferente do que é ensinado em sala de aula. Isso desperta vocações. O meu apelo às escolas privadas é que inscrevam todos os seus alunos" externou. É cobrada na inscrição uma taxa simbólica de R$ 4 por aluno.
Um dos desafios da prova da olimpĂada é despertar o interesse pela matéria. "E a gente consegue isso", disse. Ele relatou casos de alguns alunos que eram péssimos em matemĂĄtica e, após participarem da OlimpĂada, despertaram o interesse pela matéria e seguiram carreira na ĂĄrea de exatas, como engenharia, entre outras, onde se usa bastante matemĂĄtica.
A nĂvel nacional, serão distribuĂdas 650 medalhas de ouro, 1.950 de prata e 5.850 bronzes aos participantes de unidades pĂșblicas e particulares. Os alunos que conquistarem medalhas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação CientĂfica Jr. (PIC) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadĂȘmico. JĂĄ a premiação regional serĂĄ de responsabilidade de cada coordenação e não permite acesso ao PIC.
A inscrição é feita pelas escolas, que devem preencher a ficha disponĂvel no site da OBMEP, informar o código no Ministério da Educação e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnĂsio Teixeira (MEC/INEP) e criar uma senha.
No regulamento, os representantes das escolas vão encontrar informações sobre condições, prazos, datas e regras previstas para participação na olimpĂada. O regulamento pode ser encontrado aqui.
A primeira fase da olimpĂada é composta por uma prova objetiva de 20 questões e, a segunda, por uma prova discursiva de seis questões. A primeira fase serĂĄ no dia 30 de maio. A divulgação dos aprovados para a segunda etapa serĂĄ feita em 2 de agosto, com a prova ocorrendo no dia 7 de outubro.
As provas são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: nĂvel 1 (6Âș e 7Âș anos), nĂvel 2 (8Âș e 9Âș anos) e nĂvel 3 (ensino médio). A divulgação dos premiados estĂĄ prevista para 20 de dezembro.
Landim disse, ainda, que os pais que quiserem que seus filhos participem da olimpĂada precisam pedir à direção das escolas que sejam feitas as inscrições e que não deixem para o Ășltimo dia, porque as inscrições são feitas pela internet "e, muitas vezes, as condições não são boas".
Fonte: AgĂȘncia Brasil