Segundo o Ministério da SaĂșde, a medida faz parte do "processo natural da transição de governo" - quando quase a totalidade dos ocupantes dos chamados cargos de confiança são substituĂdos por outras pessoas. Em nota, a pasta afirmou que as "substituições não comprometem o trabalho de assistĂȘncia à população indĂgena" das unidades cujos coordenadores estão sendo substituĂdos.
Motivado pelas denĂșncias de que a atividade ilegal de garimpeiros estĂĄ contaminando os rios que abastecem as comunidades locais, destruindo a floresta e afetando as condições de sobrevivĂȘncia das populações, o Poder Executivo enviou para a Terra IndĂgena Yanomami, no inĂcio da semana passada, técnicos do Ministério da SaĂșde que se depararam com crianças e idosos desnutridos, muitos pesando bem abaixo do mĂnimo recomendĂĄvel, além de pessoas com malĂĄria, infecção respiratória aguda e outras doenças sem receber qualquer tipo de assistĂȘncia médica.
O governo federal também instalou o chamado Centro de Operações de EmergĂȘncias em SaĂșde PĂșblica (COE), subordinado à Secretaria de SaĂșde IndĂgena (Sesai) e encarregado de coordenar as respostas do Poder PĂșblico à situação emergencial. Além disso, no sĂĄbado (21), o próprio presidente da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, visitou a Casa de SaĂșde IndĂgena Yanomami (Casai Yanomami), para onde vĂĄrios indĂgenas estão sendo levados a fim de receber cuidados médicos, e anunciou uma série de medidas, como a distribuição de alimentos e medicamentos para as comunidades do território yanomami. Segundo o governo federal, mais de 30,4 mil indĂgenas vivem na ĂĄrea que a União destina ao usufruto exclusivo dos yanomami.
As exonerações desta segunda-feira não atingem o Dsei Yanomami. Foram exonerados os coordenadores distritais de saĂșde indĂgena dos seguintes Dseis: Alto Rio JuruĂĄ (AC); Bahia; CearĂĄ; CuiabĂĄ; Interior Sul (SC); Leste de Roraima; Maranhão; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais e EspĂrito Santo; Parintins (AM) e Porto Velho.
Fonte: AgĂȘncia Brasil