"São cinco anos e quatro meses que esse homem se matou pela pressão de uma polĂtica ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas que condenam as pessoas antes de investigar e julgar", afirmou o presidente.
"Quero aproveitar esse momento, com atraso de cinco anos e quatro meses, e dizer que pode ter morrido sua carne [em referĂȘncia ao reitor Cancellier], mas as suas ideias continuarão no meio de nós a cada momento que pensarmos em educação, a cada momento que pensarmos na formação profissional e intelectual do povo brasileiro", disse Lula.
"Pode ficar certo que aqui tem muita gente disposta a dar sequĂȘncia ao trabalho que vocĂȘ fazia e as ideias [em] que vocĂȘ acreditava. VocĂȘ morreu, mas as suas ideias continuam vivas e nós havemos de recuperĂĄ-las e trabalhar para que a gente nunca mais permita que aconteça o que aconteceu com aquele reitor em Santa Catarina", completou Lula.
Deflagrada em setembro de 2017, a Operação Ouvidos Moucos apurou suspeita de desvio de dinheiro de programas de ensino a distância a UFSC. A investigação resultou na prisão do então reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, e de mais seis pessoas. Ele foi solto no dia seguinte, mas não pôde voltar a frequentar a universidade. Em outubro, o ex-reitor cometeu suicĂdio. Cancellier deixou uma carta criticando a forma como a investigação foi feita.
Fonte: AgĂȘncia Brasil