"Os pobres estarão prioritariamente no orçamento pĂșblico. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originĂĄrios, pessoas com deficiĂȘncia, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisĂveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dĂvida pĂșblica".
"O cobertor é curto. Não temos margem para desperdĂcios ou erros. Definidas as prioridades por cada ministério, caberĂĄ ao Ministério do Planejamento, em decisão técnica e polĂtica com as demais pastas econômicas e com o presidente Lula, o papel de enquadrĂĄ-las dentro das possibilidades orçamentĂĄrias", disse durante a cerimônia com mais de 1 mil pessoas, segundo a assessoria da ministra.
Apesar das conhecidas divergĂȘncias sobre a polĂtica econômica que tem com o ministro da fazenda, Fernando Haddad, Tebet destacou um dos pontos de convergĂȘncia com o colega: a defesa de uma reforma tributĂĄria, "esperada hĂĄ anos".
"Comungamos com a visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da necessidade premente de cuidar dos gastos pĂșblicos e da aprovação urgente de uma reforma tributĂĄria, para garantirmos menos tributos sobre o consumo, um sistema tributĂĄrio menos regressivo, com simplificação e justiça tributĂĄria. Somente assim teremos o crescimento necessĂĄrio para garantir emprego e renda de que o Brasil necessita", afirmou.
Ao agradecer o presidente Lula, que não estava na solenidade, pela nomeação "em um dos ministérios mais importantes" do governo, Simone Tebet, que nunca escondeu preferĂȘncia pela ĂĄrea social, disse como recebeu o convite para o Ministério do Planejamento.
A ministra contou que antes do Natal recebeu um envelope do presidente Lula e que ele pediu que ela só abrisse após o Natal. Ao abrir o envelope, viu o convite para chefiar a pasta e ficou surpresa. Ela lembrou a Lula sobre as "divergĂȘncias econômicas" com os demais integrantes da equipe, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"Lula me ignorou, como se dissesse: 'é isso que eu quero. Sou um presidente democrata. Quero diferentes para somar, pois assim que se constrói uma sociedade democrĂĄtica'", ressaltou a ministra sob aplausos.
Natural de TrĂȘs Lagoas (MS), Simone Tebet (MDB), 52 anos, é advogada e professora universitĂĄria. Pelo Mato Grosso do Sul foi deputada estadual, secretĂĄria de governo, vice-governadora, prefeita de TrĂȘs Lagoas e senadora.
Nas eleições de outubro de 2022 foi candidata à presidĂȘncia da RepĂșblica e ficou em 3Âș lugar no primeiro turno, com 4,16% dos votos (cerca de 5 milhões de votos). No segundo turno, ao declarar apoio a Lula, ela participou ativamente da campanha e teve papel considerado importante na vitória do petista.
Fonte: AgĂȘncia Brasil