Pela Lei 14.434, de 2022, os enfermeiros e enfermeiras tĂȘm direito a um piso de R$ 4.750. O valor é a referĂȘncia para o cĂĄlculo dos vencimentos de técnicos (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e das parteiras (50%).
Atualmente, o pagamento do piso estĂĄ suspenso pelo Supremo Tribunal Federal por decisão liminar do ministro LuĂs Roberto Barroso. O ministro determinou que a União, entes pĂșblicos e privados se manifestassem sobre o impacto financeiro da medida na qualidade dos serviços prestados na rede de saĂșde.
À época Barroso acatou o argumento das entidades privadas de que o Legislativo e Executivo aprovaram e sancionaram o projeto sem tomar providĂȘncias que viabilizariam a sua execução, como o aumento da tabela de reembolso do Sistema Ănico de SaĂșde (SUS) à rede conveniada.
Com a PEC aprovada no Senado, o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), espera ter pacificado o impasse. Na avaliação de Pacheco, o impacto do piso nacional da enfermagem para a União é muito pequeno.
O senador reconheceu, no entanto, que hĂĄ um impacto severo para estados, municĂpios e hospitais filantrópicos, mas que a questão foi resolvida com uma série de iniciativas tomadas para compensar estados, municĂpios e hospitais filantrópicos para atender a decisão do Supremo Tribunal Federal e viabilizar o piso.
"Nada impede que, ao promulgarmos essa emenda à Constituição, o Supremo Tribunal Federal levante essa decisão cautelar para o estabelecimento do piso nacional da enfermagem e que, no caso da iniciativa privada, possa este Congresso Nacional examinar jĂĄ com o novo governo", ressaltou Pacheco.
Para ele, a decisão do Supremo não precisa estar atrelada à suspensão do piso nacional para todos no Brasil, inclusive para entes pĂșblicos, em função do impacto para a iniciativa privada, que, segundo ele, pode ter uma solução construĂda em 60, 90 dias.
Segundo Pacheco, a viabilização do piso para profissionais da iniciativa privada foi pauta de uma conversa recente entre ele e o futuro ministro da Economia, Fernando Haddad. "Ele se comprometeu, jĂĄ em janeiro, a deliberar a respeito do espaço fiscal e dos recursos necessĂĄrios para as medidas compensatórias para a iniciativa privada, que viriam, a princĂpio, por uma desoneração da folha de pagamentos. Assim como existem para 17 setores da economia nacional.", disse Pacheco.
Fonte: AgĂȘncia Brasil