O anĂșncio foi feito no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde funciona o gabinete da transição do governo do presidente eleito Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Haddad indicou ainda o procurador Gustavo Caldas como o subprocurador-Geral a partir de 1° de janeiro.
No final de novembro, a atuação da PGFN no STF evitou um impacto orçamentĂĄrio de aproximadamente R$ 472 bilhões para a União, além de uma perda de arrecadação de R$ 100 bilhões anuais. No julgamento, o STF definiu a constitucionalidade da não-cumulatividade da contribuição ao PIS e à Cofins.
Segundo Haddad, o novo governo estruturarĂĄ um grupo de acompanhamento do risco fiscal do paĂs, com PGFN, Advocacia-Geral da União e Ministério da Justiça. "Vamos compor um time que terĂĄ uma atuação mais firme junto aos tribunais para diminuir risco fiscal das decisões judiciais", explicou.
Além da defesa da Fazenda Nacional dos tribunais, a PGFN também atua na cobrança da dĂvida ativa da União por meio de transações com devedores.
Segundo Anelize, existe um contencioso tributĂĄrio, tanto administrativo, no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), quanto judicial que é relevante para o Orçamento da União. "É uma discussão que faz parte do nosso estado democrĂĄtico de direto", disse.
"E é verdade também que existem meios que os contribuintes tĂȘm direito e acesso, que é essa discussão. Enquanto Fazenda Nacional, trabalhamos isso do ponto de vista da recuperação do crédito, de cobrar aquele que realmente deve, cobrar a dĂvida que é correta e investigar o fraudador e o sonegador", destacou.
Anelize é a segunda mulher a assumir a PGFN, depois de Adriana Queiroz, que atuou no comando do órgão por seis anos, até 2015. "O ministro Haddad tem essa percepção que quanto mais investir em diversidade e pluralidade, mais o ministério e a sociedade ganham", disse. "Estou preparada para fazer uma representação feminina, temos uma agenda de liderança feminina na PGFN que pretendo continuar investindo", completou.
Anelize é procuradora da Fazenda Nacional desde 2006. É mestre em polĂtica pĂșblica pela Universidade de Oxford e Pós-graduada em Administração PĂșblica pela Fundação Getulio Vergas. Atuou na Subchefia de Assuntos JurĂdicos da PresidĂȘncia da RepĂșblica, foi procuradora-chefe da DĂvida Ativa na 1ÂȘ Região, chefe de gabinete na gestão de Adriana Queiroz e diretora de Gestão da DĂvida Ativa da União, atual Procuradoria-Geral Adjunta de Gestão da DĂvida Ativa e do FGTS.
Fonte: AgĂȘncia Brasil