Trabalhar ininterruptamente para salvar vidas é o princípio básico das atividades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas. E foi com esse objetivo que a instituição participou, na quarta-feira (23), da Operação Alagoas III. Liderada pelo Exército Brasileiro, a atividade realizada na Avenida Pierre Chalita, em Maceió, buscou aprimorar o trabalho integrado de instituições de salvamento e resgate, como Samu e Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL), além de instituições de apoio logístico e social, como Defesa Civil, Cruz Vermelha e outras entidades. O exercício em apoio à Defesa Civil visa estabelecer uma pronta-resposta às mais diversas situações de calamidade pública, através de uma integração entre diversos órgãos. O propósito é prover ajuda humanitária à população de Maceió, além de exercitar a capacidade de condução destes recursos humanos e logísticos.
As equipes médicas de uma Unidade de Suporte Avançado (USA-UTI Móvel) e do Serviço Aeromédico do Samu Alagoas participaram da atividade na triagem das nove vítimas fictícias e no atendimento pré-hospitalar dos pacientes, ainda no local. Além das dificuldades operacionais comuns de uma ocorrência de grandes proporções, os socorristas lidaram, ainda, com a cena em local considerado de difícil acesso.
O médico socorrista do Samu que integrava a equipe da USA, Ewerton Soares, explicou a importância do evento para o preparo das equipes. "Por mais que estejamos preparados para executar diariamente qualquer tipo de atendimento, praticando ocorrências excepcionais, podemos perceber situações que precisam ser ajustadas nas ações entre instituições para melhor atender esses casos", analisou o médico do Samu.
Formação continuada
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a participação dos socorristas do Samu em um simulado é importante, porque em caso de acidentes e catástrofes, o órgão é um dos primeiros a ser acionado. "Como servidor público concursado da Sesau [Secretaria de Estado da Saúde], atuei como socorrista do Samu Alagoas e posso assegurar que nos deparamos com situações complexas. Por isso, a formação continuada é importante e a participação de simulados é imprescindível", destacou o gestor da saúde estadual.
Desempenhar os fluxos de atendimento com equipes de múltiplos órgãos é outro ponto importante de ser periodicamente praticado, de acordo com o supervisor do Samu Alagoas, médico Jhonat Silva. "A dinâmica da cena é bem diferente se estamos com uma baixa quantidade de vítimas. Em cenários de grandes proporções, é necessário iniciar um protocolo de atendimento médico diferente para integrar equipes diferentes que não costumam trabalhar juntas e isso é desafiador", ressaltou o supervisor.
Na última terça-feira (22), todas as instituições se apresentaram no quartel do 59° Batalhão de Infantaria Motorizado para demonstrar todo o arsenal de equipamentos e recursos humanos disponíveis para as ocorrências. Diferentemente do que aconteceu na Operação Alagoas II, que simulou um desabamento de imóvel no bairro do Pinheiro, as equipes de socorristas só tiveram acesso às informações da cena na chegada ao local do atendimento, sem saber se tratar de ocorrência simulada.