"O Geraldo Alckmin é o vice-presidente da RepĂșblica e tem mais do que legitimidade e poder polĂtico e institucional para conduzir isso, então a decisão do presidente [Lula] foi nesse sentido", disse, em entrevista coletiva. "Como o Mercadante foi coordenador de programa de governo e tem essa relação com os nossos programas, ele vai estar junto na equipe. E eu também vou estar junto na parte da polĂtica e na relação com os partidos", disse Hoffmann.
Hoffmann ressalvou, no entanto, que a participação na equipe de transição não significa que os escolhidos serão, necessariamente, futuros titulares dos ministérios. "Importante também deixar bem claro para vocĂȘs que quem participa dessa comissão de transição não quer dizer que vai ser ministro ou ministra", disse. "O presidente Lula não abriu essa discussão", acrescentou.
A presidente do PT ainda enumerou os principais pontos em que a equipe de transição deverĂĄ se debruçar inicialmente. Segundo ela, a preocupação inicial estĂĄ relacionada ao orçamento para 2023 e a situação fiscal do governo.
"Nós queremos que seja assegurado no orçamento de 2023 o contrato que nós fizemos nas eleições, aquilo que nós dissemos que irĂamos realizar para o povo brasileiro. Nós queremos que o auxĂlio Brasil seja de R$ 600, que tenha reajuste do salĂĄrio, essas questões nós vamos discutir. Mas mais do que isso nós também queremos ver como é que estĂĄ a situação fiscal, porque a gente tem poucas informações sobre isso. A ideia é ter um quadro geral".
Segundo a presidente do PT, o ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, confirmou que o presidente da RepĂșblica, Jair Bolsonaro, determinou o inĂcio do processo de transição de governo. "Eu conversei ontem com o Chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira. Ele me falou que estĂĄ à disposição, que foi uma determinação do presidente [Jair Bolsonaro] de se instalar o processo de transição, que eu poderia passar a ele os nomes para eles fazerem as nomeações", disse.
Fonte: AgĂȘncia Brasil