O julgamento do processo por difamação movido pelo astro de Hollywood Johnny Depp contra sua ex-mulher, a atriz Amber Heard, começou nesta segunda-feira, 11, nos Estados Unidos. O ator pede U$ 50 milhões na ação alegando que Amber o difamou em um artigo de opinião publicado em 2018 no Washington Post, no qual ela fala que é uma sobrevivente da violência doméstica. Em nenhum momento a atriz citou o nome de Johnny no texto, mas os advogados dele alegaram que ficou claro na publicação que a atriz estava se referindo ao seu cliente e isso prejudicou sua carreira e reputação no cinema. O protagonista de "Piratas do Caribe" também nega as acusações de abuso doméstico e, no processo, afirmou que as declarações são uma "farsa elaborada para gerar publicidade positiva" para Amber "e avançar sua carreira" de atriz.
Ambos os atores apresentaram uma longa lista de potenciais testemunhas que podem depor no caso. Segundo divulgado pela Reuters, entre as pessoas indicadas por Amber estão o seu ex-namorado e CEO da Tesla, Elon Musk, e o ator James Franco. Em sua defesa, a atriz alegará que está "imune" à responsabilidade do que escreveu, pois seu editorial falou sobre algo de interesse público, a violência doméstica. "Eu nunca citei o nome dele. Em vez disso, escrevi sobre o preço que as mulheres pagam por expor homens poderosos. Eu continuo pagando o preço, mas espero que quando este caso terminar, eu possa seguir em frente e Johnny também", declarou a artista em um comunicado divulgado no último sábado, 9. O Washington Post não é réu no julgamento.
Outro detalhe é que o caso está sendo julgado na cidade de Fairfax, na Virgínia, e os advogados de Amber dizem que o ator decidiu processar a ex-mulher nessa região dos Estados Unidos, pois é um local com leis mais favoráveis ao ator. Já a defesa de Johnny alegou que eles moveram o processo em Fairfax porque o jornal em que o editorial foi publicado é impresso lá. A atriz tentou transferir o caso para Los Angeles, local em que morava com o ex-marido, mas não conseguiu. O julgamento foi iniciado dois anos após o ator perder uma ação que moveu contra o portal britânico The Sun por ser chamado de "espancador de mulheres". Amber e Johnny se conheceram em 2011 e se casaram quatro anos depois. As acusações de violência doméstica aconteceram depois do divórcio, em 2016. Em meio a essa disputa judicial, o ator foi afastado do terceiro filme da franquia "Animais Fantásticos", spin-off de "Harry Potter" que chega aos cinemas brasileiros esta semana.
Fonte: JP