"A missão saĂșda ao povo do Brasil, que compareceu a votar ontem, domingo [2], para expressar sua vontade de maneira pacĂfica e democrĂĄtica. Em um contexto de alta tensão e polarização, a cidadania brasileira demonstrou maturidade e compromisso cĂvico", afirmou a entidade.
No relatório, os observadores também apontaram os problemas encontrados pelos eleitores, que enfrentaram filas para votar em seções eleitorais de diversos estados. Foram visitadas 455 seções em 15 estados.
"Os observadores da OEA reportaram desde os centros de votação uma grande afluĂȘncia de eleitores, a maior parte dos quais contava com informação sobre a localização de suas seções. Durante a tarde, 91% das seções observadas tinham longas filas de eleitores, alguns dos quais reportaram ter esperado por mais de duas horas para poder exercer o sufrĂĄgio", afirmou a entidade.
Ontem (2), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse que as filas podem ter sido causadas pelo acréscimo dos 7,5 milhões de eleitores que passaram a escolher um candidato e não votaram em branco ou nulo, a mudança que permitiu que o eleitor tenha um segundo a mais na tela de urna para confirmar o candidato de sua preferĂȘncia antes de confirmar o voto e falhas no reconhecimento da leitura biométrica.
Segundo o ministro, os problemas serão analisados para o segundo turno, que serĂĄ realizado no dia 30 de outubro.
A missão da OEA continuarĂĄ no Brasil e também farĂĄ o trabalho de observação no segundo turno.
A participação de observadores internacionais nas eleições, por meio de convite pelo TSE, foi utilizada em outros pleitos no paĂs. Em 2018 e 2020, missões da OEA também acompanharam a realização da votação.
Fonte: AgĂȘncia Brasil