Alunos da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) de 45 escolas da rede municipal de Educação participaram da fase inicial da 1ª Mostra de Fotografia e Desenho. Cerca de 7 mil alunos estiveram na ação que faz parte do projeto Identidade Cultural, com o objetivo de propiciar o acesso às modalidades de expressão da arte. A segunda etapa começa na próxima semana.
O projeto trabalhou ao longo desse semestre o conhecimento dos dados culturais dos estudantes. A atividade propiciou aos estudantes explorar todo o potencial criativo, objetivando a abertura para uma visão ampliada e mais consciente da sua formação identitária.
Na Escola Municipal Lindolfo Collor, localizada na Ponta Grossa, cerca de 90% dos alunos da EJAI participaram da mostra, com 66 imagens entre desenhos e fotografias, que concorreram nessa fase inicial. As produções de duas alunas foram escolhidas para representar a escola.
Durante a apresentação final foi produzido um mural com todos os trabalhos e escolha da produção vencedora. Cada escola selecionou um júri com uma média de cinco pessoas, composto por professor de artes, professores da comunidade, pessoas que conhecem técnicas de fotografia e desenho e os próprios alunos.
O coordenador da EJAI contouque a escolha dos dois tipos de produção serviu para incluir todos os alunos no projeto.
"Escolhemos o desenho porque tem muitos alunos que não possuem câmera ou celular para tirar fotos, e queríamos que todos os alunos participassem do concurso", explicou o coordenador.
As duas campeãs escolhidas pelos alunos representaram em suas produções as dificuldades vividas por elas. Silvania Batalha era do interior, precisava catar lenha para fazer fogo e veio pra capital onde teve uma superação. A aluna contou que um dos momentos mais importantes foi voltar a estudar e ficou muito feliz de estar aprendendo coisas novas, todos os dias.
A outra aluna selecionada, Maria Lidivania Ferreira, tem uma filha que possui síndrome de down e levava a criança pra escola ainda bebê para conseguir estudar. Apesar das dificuldades, Maria informou que não desistiu porque vê uma perspectiva de melhorar de vida por meio dos estudos.
Simone Lopes é coordenadora da EJAI na Lindolfo Collor. Ela revelou que a parte mais importante dessa produção foi que cada aluno escolheu fazer uma foto ou um desenho de algo que lhe representasse.
"A maioria dos alunos preferiu fazer imagens da família, deles mesmos, muita história de superação e pudemos perceber o quanto nosso público sofreu mas vão para a escola todo dia com o intuito de superar cada dia o tempo perdido, indo atrás de estudos e para ter uma qualidade de vida melhor", finalizou.