A Câmara Municipal do Rio de Janeiro empossou hoje (23) o vereador Matheus Gabriel Silva (PSD), conhecido como Matheus Floriano. Ele assumiu a vaga do ex-vereador Gabriel Monteiro, cassado na Ășltima quinta-feira (18) por conduta incompatĂvel com o decoro parlamentar.
Matheus Floriano, 37, é filho do ex-deputado federal Francisco Floriano (DEM) e adotou o sobrenome do pai, pastor evangélico. Ele foi eleito suplente do PSD nas eleições de 2020 com 7.086 votos.
Anteriormente, Matheus foi vereador entre abril de 2019 e maio de 2020, assumindo a vaga de Carlo Caiado (DEM), quando este atuou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Atualmente Caiado é presidente da Câmara de Vereadores do Rio.
Matheus disse que não queria tomar posse nessas condições, mas que fica feliz por poder honrar os votos que teve e poder trabalhar pela população. "Quero contribuir com a discussão do Plano Diretor, um marco importantĂssimo para o desenvolvimento da nossa cidade, bem como implementar novas ideias para ajudar os pequenos e microempreendedores da nossa cidade, sobretudo simplificando o ambiente de negócios", disse o vereador empossado.
Para o Caiado, a vinda de Floriano serĂĄ um ganho para as importantes discussões que terão pauta na Câmara neste segundo semestre. "Matheus Floriano jĂĄ atuou como parlamentar e teve um papel brilhante. Tenho certeza que ele vai trazer qualidade e conhecimento de causa para nos ajudar, por exemplo, na discussão da revisão do Plano Diretor, que impactarĂĄ no desenvolvimento sustentĂĄvel, econômico e urbanĂstico da nossa cidade", disse.
Matheus Floriano é investigado pelo Ministério PĂșblico do Rio de Janeiro suspeito de ter recebido dinheiro da Fundação Centro Estadual de EstatĂsticas, Pesquisas e Formação de Servidores PĂșblicos do Rio de Janeiro (Ceperj). A suspeita é que ele teria sido um dos beneficiados de um esquema que desviou mais de R$ 280 milhões dos cofres pĂșblicos estaduais e com pagamento direto na boca do caixa.
Ao ser questionado hoje, antes da posse sobre a investigação do MPRJ, Matheus disse que estava trabalhando na Secretaria Estadual de Trabalho quando foi exonerado, em dezembro do ano passado, para assumir o novo posto no Ceperj, em janeiro. Ele disse que preencheu diversos documentos para provar a competĂȘncia para o cargo de economista e que efetivamente trabalhava.
A Justiça fluminense determinou no inĂcio deste mĂȘs que a Ceperj suspenda pagamentos "na boca do caixa" para trabalhadores temporĂĄrios. Também foram impostas condições para novas contratações.
A decisão, de carĂĄter liminar, foi assinada pela juĂza Roseli Nalin, da 15ÂȘ Vara de Fazenda PĂșblica da Capital. Ela atendeu a pedido formulado em uma ação movida pelo Ministério PĂșblico do Rio de Janeiro (MPRJ) que aponta falta de transparĂȘncia a partir de criação de uma "folha de pagamento secreta" envolvendo mais de 18 mil cargos.
Fonte: AgĂȘncia Brasil