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Campanha alerta para ameaça de retorno da paralisia infantil

Por Voz na Comunidade em 22/08/2022 às 20:50:51

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou hoje (22) a campanha Paralisia Infantil - A Ameaça EstĂĄ de Volta, para estimular a adesão à campanha de vacinação contra a poliomielite, que estĂĄ sendo realizada desde o dia 8 deste mĂȘs pelo Ministério da SaĂșde. As ações serão realizadas nas redes sociais e junto a profissionais de saĂșde.

O Brasil tem registrado queda de coberturas vacinais desde 2015. No caso da poliomielite, a preocupação de pesquisadores é que o movimento de queda coincide com o ressurgimento de casos em locais em que a doença jĂĄ estava erradicada, como Estados Unidos, Malawi e Israel. No Brasil, o Ășltimo caso confirmado foi em 1989.

Estima-se que trĂȘs em cada 10 bebĂȘs brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina intramuscular contra a pólio, previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade. A proteção contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, somente 54% das crianças completaram o esquema vacinal no ano passado, enquanto a meta que deve ser atingida para garantir a imunidade coletiva é de 95% das crianças vacinadas.

Para melhorar esse cenĂĄrio, começou em 8 de agosto a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022, e, no Ășltimo sĂĄbado, foi realizado o Dia D de Mobilização.


O presidente da SBIm, Juarez Cunha, afirma que o mais importante é que as crianças que não foram vacinadas sejam levadas aos postos, mas que os pais daquelas que estão com a imunização em dia também podem levĂĄ-las para receber um reforço na proteção.

"A pólio não tem um tratamento especĂ­fico. A Ășnica coisa que a gente tem como ferramenta de proteção são as vacinas, que são ferramentas extremamente seguras, eficazes e gratuitas", destaca Juarez.

A infecção pelo poliovĂ­rus pode causar sequelas e levar à morte. Embora a maioria das pessoas que contrai o vĂ­rus não apresente sintomas, as infecções podem levar à paralisia irreversĂ­vel em algum dos membros, sendo as pernas acometidas com maior frequĂȘncia. Entre os pacientes que sofrem de poliomielite paralĂ­tica, 5% a 10% morrem por paralisia dos mĂșsculos respiratórios.

A campanha da SBIm pretende destacar a ameaça que a doença representa e contarĂĄ com depoimentos de duas pessoas que vivem com sequelas da pólio. Peças informativas e vĂ­deos com especialistas que serão divulgados nas redes sociais e sites da SBIm e de entidades apoiadoras, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Bio-Manguinhos/Fiocruz e as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP), Infectologia (SBI) e Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

"Um dos grandes problemas que levam a uma baixa adesão à vacinação é a falsa sensação de segurança em relação a doenças que as pessoas só não conhecem, ou nunca viram, porque foram vacinadas contra elas", lembra Juarez Cunha.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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