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Diebetes

Entidade alerta para risco de diabetes em gestantes


Um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher pode se tornar um pesadelo se os cuidados devidos não forem tomados. Às vésperas do dia da gestante, comemorado nesta segunda-feira (15), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para a diabetes mellitus gestacional, que afeta 18% das gestações no Brasil.

Condição temporĂĄria gerada pelas mudanças no equilĂ­brio hormonal durante a gravidez, a diabetes gestacional ocorre porque, em algumas mulheres, o pâncreas não funciona direito na gestação. Normalmente, o órgão produz mais insulina que o habitual nesse perĂ­odo para compensar os hormônios da placenta que reduzem a substância no sangue. No entanto, em algumas gestações, o mecanismo de compensação não funciona, elevando as taxas de glicose.

O problema pode causar complicações tanto para a mãe como para o bebĂȘ. No curto prazo, a doença pode estimular o parto prematuro e até a pré-eclâmpsia. O bebĂȘ pode nascer acima do peso e sofrer de hipoglicemia e de desconforto respiratório.

A diabetes gestacional normalmente desaparece após o parto, mas pode deixar sequelas duradouras. As mulheres com o problema tĂȘm mais chance de progredirem para a diabetes mellitus tipo 2. As crianças também tĂȘm mais chances de desenvolverem a doença e de ficarem obesos.

Recomendações

A doença pode acometer qualquer mulher. Como nem sempre os sintomas são identificĂĄveis, a SBD recomenda que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no inĂ­cio da gestação e, a partir da 24ÂȘ semana de gravidez (inĂ­cio do 6Âș mĂȘs). Elas também devem fazer o teste oral de tolerância à glicose, que mede a glicemia após estĂ­mulo da ingestão de glicose.

As recomendações principais, no entanto, são o pré-natal e a alimentação saudĂĄvel. Quanto mais cedo o obstetra diagnosticar a doença e iniciar o tratamento, menores as chances de a mãe e o bebĂȘ sofrerem alguma complicação no curto e no longo prazo.

Além do controle das glicemias capilares, o tratamento da diabetes gestacional consiste num estilo de vida mais saudĂĄvel, com atividade fĂ­sica e alimentação regrada. As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia. As gorduras devem dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercĂ­cios fĂ­sicos moderados também devem fazer parte da rotina.

Na maior parte das vezes, esses cuidados dispensam a aplicação de insulina. Se, ainda assim, os nĂ­veis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar a substância. A SBD alerta que as mulheres diabéticas tipo 1 ou 2 que engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional porque essa doença só aparece após o inĂ­cio da gravidez. As mulheres com altos nĂ­veis de glicemia na gestação devem fazer um novo teste de sobrecarga de glicose seis semanas depois de darem à luz.

Perfil

Em todo o mundo, o problema afeta cerca de 15% das gestações, segundo a International Diabetes Federation, o que representa 18 milhões de nascimentos por ano. No entanto, a prevalĂȘncia varia conforme a região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste AsiĂĄtico. No Brasil, estima-se que a prevalĂȘncia é de 18%.

Para prevenir a doença, as mulheres devem prestar atenção a fatores de risco: história familiar de diabetes mellitus; glicose alterada em algum momento antes da gravidez; excesso de peso antes ou durante a gravidez; gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 quilos; histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida; hipertensão arterial; pré-eclampsia ou eclampsia em gestações anteriores; sĂ­ndrome dos ovĂĄrios policĂ­sticos e uso de corticoides.

AgĂȘncia Brasil

Saúde Diebetes Gestante

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