Desde o início do mandato, Carlos enfrentou dificuldades para governar sob a sombra de Gilberto, que ocupa o cargo de supersecretário de governo - função criada por ele mesmo nos últimos dias de sua administração. Com interferência direta em todas as áreas da prefeitura, GG tentou impor sua influência sobre a Câmara de Vereadores ao indicar os presidentes das comissões permanentes. No entanto, foi barrado por unanimidade pelos 13 parlamentares, incluindo os oito da base governista.
Furioso com a resistência, Gilberto retaliou exonerando servidores indicados pelos vereadores, o que gerou revolta e uma reação imediata. Diante da crise, Carlos Gonçalves precisou se posicionar contra seu antecessor, autorizando a anulação das exonerações e impondo uma derrota ao supersecretário. O embate gerou um racha irreversível entre os dois, e agora a grande maioria dos vereadores exige a saída definitiva de Gilberto do governo.
Sem apoio político e cada vez mais isolado, Carlos Gonçalves já estaria decidido a renunciar, e a qualquer momento pode oficializar sua saída da prefeitura.
O documento da fidelidade: ameaça velada
O caso de Rio Largo não é isolado. Durante a pré-campanha e a campanha eleitoral, alguns sucessores de prefeitos, incluindo Carlos Gonçalves e outros eleitos em diferentes municípios, foram levados a um escritório de advocacia no bairro do Jaraguá para assinar um documento de fidelidade a seus antecessores. Esse compromisso garantia que os novos gestores não "traíssem" quem os colocou no poder.