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Segurança

Ônibus de Maceió ganham adesivos para indicar "pontos cegos"


A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Maceió iniciou, nesta terça-feira (2), a adesivação do "Ponto Cego" nos ônibus que integram o Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM). A iniciativa é realizada em parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Maceió (Sinturb) e tem o objetivo de reduzir acidentes, e até mortes, que podem ser causados por pessoas que acessam esses espaços sem a visibilidade dos motoristas dos coletivos.

O evento contou com a participação de técnicos da SMTT, motoristas, ciclistas e motociclistas, e abordou os cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes nas vias. Os adesivos com a identificação dos pontos serão fixados nas partes laterais de todos os coletivos do SIMM, que operam na capital, para facilitar a identificação dos locais que as pessoas devem evitar. A previsão é que todos os veículos estejam com os adesivos até o final deste mês.


Mototaxistas participaram da ação realizada pela SMTT em parceria com o Sinturb. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) traz como tema da campanha deste ano "Juntos Salvamos Vidas". A iniciativa compõe o trabalho desenvolvido pela autarquia municipal para evitar acidentes e preservar vidas.

O superintendente da SMTT, André Costa, enfatizou o quanto os adesivos são importantes para a segurança viária, já que foram registradas 56 colisões laterais envolvendo ônibus em Maceió.

"Existe um volume de colisões laterais envolvendo ônibus, e parte desses acidentes são causados pela existência do ponto cego e o desconhecimento que as pessoas têm sobre esse ponto. A ideia é conscientizar ciclistas, motociclistas e pedestres, para que eles entendam que há esse ponto cego e o motorista de ônibus não consegue enxergar", destacou Costa.


Superintendente da SMTT, André Costa, acompanhou a ação. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

Os adesivos já são utilizados em outras capitais como São Paulo, Fortaleza e Salvador. A medida é de baixo custo e serve como referencial sobre o ponto sem visibilidade para os motoristas dos coletivos.

"Todos nós dividimos as mesmas vias, tanto motociclistas, ciclistas e motoristas de ônibus e que todos que utilizam das vias saibam das limitações dos motoristas de ônibus, para que evitem acidentes para trazer mais segurança para o transporte", afirmou o representante do Sinturb, Lucas Lyrio.


Representante do Sinturb, Lucas Lyrio, participou da ação. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

Os pontos cegos são comuns em veículos grandes como ônibus e caminhões e são áreas sem a visualização do motorista. José Nirso, que atua há 30 anos conduzindo coletivos, comentou o quanto o adesivo vai auxiliar para que os locais específicos sejam evitados, uma ferramenta no dia a dia de trabalho.


José Nirso falou sobre as dificuldades de conduzir os ônibus. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

"Na maioria das vezes, o mototáxi pode pensar que colocamos o carro para perto deles, mas é o ponto cego. Esse adesivo irá auxiliar para que o mototaxista olhe e diga, esse não é o meu lugar. O meu lugar é mais afastado do ônibus", disse o motorista.


Erasmo Gomes falou sobre a experiência no volante do coletivo. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

Ao sentar no volante do ônibus, o mototaxista, que possui mais de uma década de experiência na função, consegue perceber a dificuldade enfrentada por quem conduz o transporte público. E a importância de manter a distância destes pontos dos ônibus, em especial em curvas e manobras.

"Realmente, não consegue enxergar que alguém está ao seu lado. Então quando vira à sua esquerda, você pode provocar um acidente por não enxergar e o condutor da moto achar que você está fazendo de propósito ", contou Erasmo Gomes.


Presidente da Associação Alagoana de Ciclismo vivenciou a realidade dos motoristas. Foto: Idalécio Lucas/Ascom SMTT

Quem também vivenciou a experiência foi o presidente da Associação Alagoana de Ciclismo, Antônio Facchinetti. Ele descreveu como foi estar no volante de um veículo de grande porte.

"Quem não conhece a situação pensa que os ônibus conseguem ver mais que os carros particulares. Mas a sensação que estou vendo aqui é que não consegue. Nos carros é mais fácil de ver quem está nos lados, do que para quem dirige os ônibus", revelou.


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