Renan Filho diz que Carrefour recebeu resposta à altura e critica protecionismo de países ricos

O ministro dos Transportes, Renan Filho, fez críticas à atitude do Carrefour em relação à carne brasileira e disse que a rede francesa de supermercados recebeu uma resposta à altura. Ele falou sobre o boicote à produção do Mercosul durante o seminário "Brasil Rumo à COP30", realizado pela Editora Globo e se posicionou sobre o caso em suas redes sociais.

"O Carrefour errou e recebeu uma resposta à altura. O Brasil é uma potência ambiental e garantidor da segurança alimentar do mundo. Ao invés de protecionismo, os países ricos precisam discutir como vão financiar o combate às mudanças climáticas. Essa é agenda crucial para o planeta", declarou.

Nesta terça-feira, o Carrefour divulgou nota de retratação ao Brasil e aos frigoríficos brasileiros pedindo desculpas e classificando o mal-estar gerado como um problema de comunicação por parte da sede da empresa, na França.

O ministro dos Transportes destacou ainda que o Brasil é referência em sustentabilidade e produção de energia limpa e combustíveis verdes. "O mundo não só não usa biocombustíveis, como não aceita discutir a possibilidade de usar. Não usa o etanol que o Brasil produz, se recusa a discutir a possibilidade de usar com um argumento protecionista demagógico no sentido de colocar apenas que se a gente produzir etanol vai haver um conflito entre área de produção de alimento e produção de energia e isso vai reduzir a produção de alimentos e o Brasil é um dos garantidores da segurança alimentar mundial", disse.

O seminário discutiu uma coalizão pela descarbonização dos transportes. Além de Renan Filho, participaram os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Jader Filho (Cidades), além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.