Na hora de buscar atendimento médico, saber diferenciar os serviços da Unidade Básica de Saúde (UBS) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pode fazer toda a diferença. Embora façam parte do Sistema Único de Saúde (SUS), eles têm funções distintas. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta sobre o local adequado para se dirigir no momento de solicitar assistência em saúde.
A assessora técnica da Assistência Pré-Hospitalar e Hospitalar da Sesau, a médica Lysgreth Sanchez, explica que, ao se dirigir ao local errado, o usuário pode gerar uma sobrecarga desnecessária e atraso no atendimento. Ela salienta que, as consultas eletivas, por exemplo, devem ser previamente agendadas e são realizadas nas UBSs, gerenciadas pelos municípios. Mas se o paciente busca uma UPA com esta finalidade, por exemplo, haverá atraso para quem necessita de assistência de urgência.
"É necessário lembrar que as ocorrências atendidas nas unidades são diferentes e por isso saber as demandas de cada uma é fundamental. Se o equívoco ocorrer, e o paciente se dirigir à unidade errada, o transtorno será para ele, os demais usuários e também para os profissionais de saúde", enfatizou Lysgreth Sanchez.
UBSs x UPAs
Nas UBSs, que funcionam de segunda a sexta, das 8h às 12h, e das 13h às 17h, os procedimentos são voltados para o atendimento relacionado à Atenção Primária em Saúde e estes equipamentos de saúde são gerenciados, exclusivamente, pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs). Elas desempenham um papel crucial na prevenção de doenças, acompanhamento de condições crônicas e promoção da saúde.
Nelas ocorrem consultas regulares, como acompanhamento com clínico geral, pediatra ou especialista. Além disso, as unidades oferecem vacinação, realização de exames preventivos como coleta de sangue e Papanicolau, além de oferecer acompanhamento pré-natal.
Já nas UPAs, que funcionam 24 horas por dia, nos sete dias por semana, o perfil clínico é resolver grande parte das urgências, como pressão e febre alta, cortes, infarto, derrame e fraturas. As unidades possuem estruturas com raios-x, leitos de observação e de urgência, laboratório de exames por imagem e de análises clínicas, salas de gesso e de nebulização.
O atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco, e não necessariamente por ordem de chegada, priorizando a gravidade dos casos. Elas podem ser gerenciadas pelos municípios ou Estados e, para definir a gravidade de cada caso, são considerados parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia e quadro clínico do paciente.
Fonte: Secom Alagoas