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"Doses de reforço contra covid-19 salvam vidas", diz especialista

Por Voz na Comunidade em 23/07/2022 às 18:08:29

Tomar a dose de reforço e manter o esquema de vacinação completo e atualizado ajuda a salvar vidas. A afirmação é de Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

"Todos os lugares tiveram uma queda da imunidade com o decorrer do tempo após a imunização. E eles viram que essa queda era ainda mais acentuada quando se considerava as variantes aparecendo", afirmou.

"Isso nos obrigou a instituir as doses de reforço que salvam vidas. As pessoas que estão adequadamente vacinadas, com duas doses e mais o reforço, e que estão pegando covid-19, estão tendo formas leves. No mĂĄximo, moderadas. Mas não estão internadas, entubadas ou morrendo. Isso é indiscutĂ­vel. Isso ocorre no mundo inteiro", acrescentou.

Em entrevista à AgĂȘncia Brasil, Mônica lembrou que as vacinas atuais não foram desenvolvidas para as variantes do novo coronavĂ­rus, mas para aquele vĂ­rus original, o primeiro identificado em Wuhan, na China. Apesar disso, essas vacinas continuam apresentando uma boa proteção contra a doença. "São vacinas que tĂȘm mantido seu papel principal que é evitar formas graves e óbitos, independente das variantes", observou.

Para ela, as pessoas precisam lembrar que o mundo enfrentou momentos bem difĂ­ceis na pandemia, com a internação e morte de milhões de pessoas. E que isso ainda não acabou. Por isso, os cuidados e a vacinação devem continuar sendo uma constante. "As pessoas tĂȘm memória curta. HĂĄ muito pouco tempo a gente estava disputando leitos, correndo atrĂĄs de oxigĂȘnio para usar em quem estava precisando e agonizando. A gente estava num colapso de saĂșde pĂșblica, vivendo uma situação horrĂ­vel. E as pessoas jĂĄ não lembram mais disso por quĂȘ? A pandemia ainda não acabou. Estamos com a circulação dessas variantes, principalmente da BA.4 e BA.5. HĂĄ um ligeiro aumento de casos, estamos tendo um novo pico", destacou a diretora da SBIm.

Para ela, faltam campanhas para estimular as pessoas para que ampliem os esquemas vacinais. E não somente contra a covid-19.

"Eu acho que primeiro faltou uma campanha de comunicação mais efetiva. Essa dificuldade logĂ­stica também. VocĂȘ não sabe que posto vai estar aberto, qual vacina que vão te dar lĂĄ. Tem acontecido falta de comunicação com a população desde o começo da covid-19", alertou. "Agora, é um momento para a gente aumentar essa cobertura para a terceira e quarta doses, quer dizer, o primeiro e o segundo reforço, e as pessoas tĂȘm que ser motivadas", reforçou.

Caderneta de vacinação

Para Mônica, as pessoas devem continuar se vacinando não só contra a covid-19, mas atualizando a caderneta de vacinação também para outras doenças. Afinal, diz ela, a vacinação também é um ato coletivo de cuidado com o outro.

"A vacina vai muito além de te proteger contra doenças, ela protege a sociedade. A baixa cobertura vacinal estĂĄ nos colocando em risco real. Nova York teve um caso de pólio esta semana. A gente teve em Israel, outro [caso] na Inglaterra, em alguns paĂ­ses da África. Nós estamos com cobertura da pólio baixĂ­ssima e, se a gente não voltar a vacinar como antes, nós vamos ter pólio e sarampo de novo. Não é uma brincadeira: a gente precisa que todo mundo faça seu papel como cidadão e tenha responsabilidade também com os outros. A decisão de não se vacinar também atinge outras pessoas", afirmou.

"Qualquer sociedade civilizada entende que o interesse coletivo prevalece sobre direitos de escolhas individuais. Vacinação é um ato coletivo", observou.

Riscos

Quase seis milhões de pessoas deixaram de completar o seu esquema vacinal contra a covid-19 no Rio Grande do Sul, revela levantamento divulgado esta semana pelo governo gaĂșcho. Em São Paulo, cerca de 2,4 milhões de pessoas ainda não tomaram sequer a segunda dose de imunizante e outras 19,4 milhões de pessoas jĂĄ estão aptas, mas não retornaram aos postos para tomar as doses de reforço. No mĂȘs passado, o governo do Rio de Janeiro apontava seis milhões de faltosos acima dos 18 anos que não haviam recebido quaisquer doses de reforço no estado.

Deixar de completar o esquema vacinal é se colocar em risco. Com o vĂ­rus da covid-19 ainda em alta circulação no Brasil, tomar as doses de reforço disponĂ­veis nos sistemas de saĂșde significa fortalecer os nĂ­veis de proteção contra a doença, inclusive contra as subvariantes da Ômicron, que jĂĄ respondem pela maior parte dos casos confirmados no paĂ­s.

Levantamento feito pelo Instituto Todos pela SaĂșde e divulgado no Ășltimo dia 21 aponta que os casos provĂĄveis de Covid-19 provocados pelas subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron - e que fizeram diversos paĂ­ses apresentarem uma nova alta de casos - jĂĄ representam a quase totalidade das ocorrĂȘncias identificadas no Brasil (96,9%).

"Todos que tĂȘm o direito a doses adicionais dos imunizantes disponĂ­veis; os que ainda não tomaram nenhuma dose devem procurar os postos de vacinação o quanto antes: o reforço vacinal é essencial para enfrentarmos o cenĂĄrio epidemiológico atual e reduzir os impactos à saĂșde", reforçou o instituto nas redes sociais.

A vacina contra a covid-19 fornece para o sistema imunológico ferramentas para que ele possa identificar e combater o vĂ­rus, funcionando como um reforço para as defesas naturais do corpo humano. E, ao se tomar as doses de reforço, essa proteção aumenta. Foi o que apontou estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas. Ele demonstrou, ainda, que essa proteção tende a cair após seis meses da aplicação da dose, mas, ao se tomar a dose adicional, essa proteção começa a se restabelecer novamente.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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