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Síndrome de Guillain-Barré: entenda o que é a doença autoimune descoberta por Reynaldo Gianecchini

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Por Voz na Comunidade em 12/06/2024 às 12:50:20

O ator, de 51 anos, contou que desenvolveu a condição médica durante ensaios para musical O ator Reynaldo Gianecchini, de 51 anos, descobriu ter a Síndrome de Guillain-Barré enquanto se preparava para o seu novo musical, Priscilla, a Rainha do Deserto, no qual interpreta a drag queen Mitzi/Tick. O ator falou sobre a descoberta da doença e como ela afetou seus movimentos durante participação no podcast Poddelas nessa terça-feira (11). "Eu desenvolvi até uma doença autoimune muito louca que foi me paralisando as mãos, as pernas. Tive uma coisa que chama Guillain-Barré, que é uma doença autoimune, que seu próprio sistema imunológico, os seus nervos, vão te paralisando", contou Gianecchini.

O que é a Síndrome de Guillain Barré?

A Síndrome de Guillain Barré um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca parte do sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo. É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos. A incidência anual é de 1-4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade.

Causas

Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarréia, a mais comum. Outras infecções encontradas na literatura científica que podem desencadear essa doença incluem Zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, vírus de influenza A, Mycoplasma pneumoniae, enterovirus D68, hepatite A, B, C, HIV, entre outros. Muitos vírus e bactérias já foram associados temporalmente com o desenvolvimento da Síndrome de Guillain Barré, embora em geral seja difícil comprovar a verdadeira causalidade da doença.

As infecções por dengue, chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, Síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.

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Sintomas

A maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença pela sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, superiores (mãos e braços). Dor neuropática lombar (nervos, medula da coluna ou no cérebro) ou nas pernas pode ser vista em pelo menos 50% dos casos. Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível ao paciente, ocorrendo geralmente nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço.

Os sintomas principais da Síndrome de Guillain Barré são fraqueza muscular ascendente: começam pelas pernas, podendo, em seguida, progredir ou afetar o tronco, braços e face, com redução ou ausência de reflexos. A síndrome pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros.

O principal risco provocado por essa síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios. Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório, tendo em vista que coração e pulmões param de funcionar.

Outros sinais e sintomas que podem estar relacionados à Síndrome de Guillain Barré, como: sonolência; confusão mental; coma; crise epiléptica; alteração do nível de consciência; perda da coordenação muscular; visão dupla; fraqueza facial; tremores; redução ou perda do tono muscular; dormência, queimação ou coceira nos membros.

Em qualquer um desses casos, procure um médico com urgência para avaliação. Aproximadamente 5% a 15% dos casos podem evoluir para óbito, geralmente resultante de insuficiência respiratória, pneumonia aspirativa, embolia pulmonar, arritimias cardíacas e sepse hospitalar.

Diagnóstico

O diagnóstico acontece por meio da análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), que envolve o sistema nervoso central; do exame eletrofisiológico e da eletroneuromiografia. Outros exames podem ser pedidos, como eletrocardiograma, exame de velocidade de condução nervosa e exames de função pulmonar. Em alguns casos, exames de imagem do crânio e coluna/medula serão necessários para excluir outras causas. É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e neuropatias, como a poliomielite e o botulismo, que também podem provocar déficit motor.

Tratamento

A síndrome de Guillain-Barré não tem cura, sendo necessário fazer tratamentos que aliviem os sintomas e impeçam o avanço da doença. Por isso, é essencial que o diagnóstico dessa condição médica seja feito o mais rapidamente possível, já que, quando os músculos da respiração e da face são afetados, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória.

Podem ser necessárias terapias complementares, como a fisioterapia, como forma de recuperar a força muscular, por exemplo. Há também um recurso conhecido como a plasmaférese – técnica que permite filtrar o plasma do sangue do paciente – e a administração intravenosa de imunoglobulina para impedir a ação deletéria dos anticorpos agressores. Em alguns casos, medicamentos imunossupressores podem ser úteis nos quadros crônicos da doença.

Fontes: Ministério da Saúde e Rede D'Or

Fonte: Quem noticias

Tags:   Quem
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