Xuxa quer ser exemplo de desconstrução em causas como racismo: 'Levar muita informação'

A apresentadora foi a porta-voz do lançamento de uma inteligência artificial contra o racismo Xuxa Meneghel, 61 anos, vem se dedicando há alguns anos a se desconstruir de velhas crenças e atitudes. Em conversa com a Quem durante evento no Rio de Janeiro, a apresentadora ressalta que vem se dedicando ao aprendizado. "Estou vivendo e aprendendo muito. Querendo aprender muito. Acho que muita gente vai se ver no meu lugar. De uma mulher branca, privilegiada, mas que acaba falando, repetindo, pensando, agindo de maneira, às vezes, incorreta, sem querer. A gente não pode mais falar que não quis falar, ou que não sabia. Temos informação", confidenciou Xuxa.

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Parte da desconstrução de Xuxa é chegando ao público por meio de uma ferramenta de inteligência artificial que vai ajudar as pessoas a buscarem mais informação sobre a luta antirracista. "Ela [ferramenta] vai tirar muitas dúvidas. A mudança começa quando a gente se informa. Estou muito feliz em fazer parte de uma mudança tão importante", acrescentou.

Xuxa

Brazil News/Andy Santana e Manuela Scarpa

Aprendizados

Olhando para trás, repassando a história com causas sociais, Xuxa confessa que se sente "envergonhada". "A gente fica envergonhado de repetir coisas incorretas, de fazer interações desagradáveis. E vem aquela pergunta: 'Nossa, se eu não sabia, por que que ninguém me falou? Por que a gente repete apenas as coisas e aceita?'", se questionou.

A partir de agora, Xuxa quer ser exemplo desta mudança. Ela quer que as pessoas se espelhem em suas transformações para ser uma pessoa melhor em uma sociedade mais empática. "Que as pessoas pensem assim: 'errei bastante que nem ela, errei tanto quanto ela, mas estou num caminho parecido de aprendizado'", explicou.

Xuxa

Reprodução/Instagram

"Quero muito aprender e pergunto muito. Tem pessoas que não erram porque querem, mas outras, sim, elas são racistas mesmo. São pessoas desinformadas que querem ser preconceituosas, querem seguir esse caminho da discriminação", reforçou.