Ator protagoniza 'Meu Sangue Ferve Por Você', que conta a história de amor entre Magal e sua esposa, Magali, interpretada por Giovana Cordeiro Filipe Bragança é Sidney Magal em Meu Sangue Ferve Por Você, que conta o começo da história de amor de 45 anos do astro da música com sua mulher, Magali West, interpretada por Giovana Cordeiro.
O ator, de 23 anos, conversou com Quem sobre a construção do personagem, a identificação com o lado romântico do cantor e de como esse trabalho, que estreia em 30 de maio nos cinemas, marcou sua carreira, iniciada em Chiquititas (2013).
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Filipe Bragança como Magal
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Você tem 23 anos e não acompanhou o boom do Magal nos anos 80 e 90, mas teve algum feedback da sua família, talvez dos seus pais, quando disse que iria interpretá-lo no cinema?
Lembro que quando recebi a resposta positiva sobre o teste para viver o Magal estava em casa com a minha mãe. A mãe da Giovanna Grigio, uma amiga minha, também estava lá em casa. Falei: "Mãe, passei no Magal'. Foi uma comemoração geral porque eu sabia que era algo muito simbólico e importante na minha carreira, além de um personagem muito desejado por vários atores. Qualquer ator gostaria de interpretar o Sidney Magal. Não sou diferente. Desde que a oportunidade do teste surgiu, fique muito empolgado e desejei muito este papel.
Você disse em uma entrevista que não se acha parecido fisicamente com o Magal, como foi encontrá-lo em você?
Nenhum ator precisa ser necessariamente parecido com o personagem que ele vai interpretar. Acho inclusive que faz parte do trabalho do ator se tornar parecido com o personagem sem necessariamente ser. Existe todo um trabalho de caracterização que possibilita que essa aproximação seja mais palpável.
Magali e Giovana Cordeiro
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Fiquei impressionada com a semelhança entre as suas vozes. Como foi trabalhar esse lado vocal tão marcante do Magal?
Busquei capturar da forma mais profunda e complexa possível os trejeitos do Magal como seus olhares e a voz especialmente. A voz dele é muito potente. Tive uma preparação vocal com o Marcello Boffat e corporal com Lili de Grammont, que me ajudaram muito. Ouvi muitas músicas do Magal, assisti entrevistas e o documentário sobre ele, além de conversar pessoalmente com ele.
O que foi mais difícil: cantar, dançar ou andar de salto?
Meu joelho faz barulho até hoje, tá (risos)? O Magal não só andava de salto, mas dançava muito, rebolava em plano médio, depois em plano baixo... O desafiador foi entender essa essência da fisicalidade da dança do Magal no palco. Mas foi muito importante quando consegui entender o que era esse corpo 'magalesco'. Quando isso aconteceu, entendi todo o resto. Para mim funciona um pouco assim, a partir do corpo, a voz vai surgindo, o olhar e todo resto de forma natural. Cantar eu já cantava, então dançar foi mais difícil e fisicamente muito exaustivo. Tive dois meses de muitos ensaios. Suei muito e até emagreci. Fiz aula de balé contemporâneo durante a infância/adolescência e tive que reviver. Estava levemente enferrujado.
Filipe Braganc?a
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Como foi o primeiro encontro com o Magal e a Magali?
O mais importante era conhecer o Magal. A Magali acabei conhecendo muito depois quando o filme já estava em processo de filmagem. O Magal conheci em um encontro que a Joana Mariani (produtora) organizou na casa dela com o Paulo Machline (diretor). Começou às sete da noite e terminou às três da manhã. Lembro de ter falado pouco. Tinha muito mais para ouvir. Queria ouvir sobre a vida dele, experiências, como ele enxergava o mundo artisticamente e politicamente, o que essa paixão representa para ele...
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Giovana Cordeiro e Filipe Bragança
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E como foi ouvir essa história de amor?
Antes desse jantar acontecer, o Paulo Machline me alertou: "Ele vai contar a história de amor com a Magali, mas ele chora toda vez que conta". Falei: "Não é possível! Ele já falou milhões de vezes sobre isso. Não vai chorar comigo". E chorou (risos). Como sempre. Acho que é um romance muito profundo entre esses dois e o filme conta isso. Qualquer paixão é cinematográfica, de alguma forma.
É uma história bem de contos de fadas, que parece impossível de acontecer... Como foi criar essa química com a Giovana?
O filme se apropria do absurdo que é essa história. Tanto que a linguagem do filme não é realista. É um musical fantasioso e assume isso desde o primeiro segundo, quando na tela aparece a frase de que se trata de uma fábula magalesca. É uma história linda, que de fato aconteceu desta forma. O Magal se apaixonou pela Magali no primeiro instante em que a viu, mas existe algo de absurdo nisso que o filme assume muito bem. Eu a Giovana entendemos isso rapidamente. Era sobre a gente contar essa história com frescor de encontro de contos de fada. No filme, Magal e Magali estão juntos pouquíssimas vezes. O público torce para o encontro dos dois e que eles vivam o romance. O romance é o protagonista do filme.
Filipe Bragança
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Você acredita agora em amor à primeira vista?
Sempre acreditei. Sou apaixonado e emocionado igual ao Magal. Por isso que me apaixonado pouco. Fico ridículo apaixonado (risos).
O que o Magal vai deixar marcado em sua carreira?
Será algo sempre inesquecível. Foi um passo muito importante na minha carreira. É o meu primeiro grande protagonista no cinema e um filme diferente, que dá gosto de fazer. É uma história de amor musical. Foi uma responsabilidade muito grande, mas consegui entregar e deixar o Magal, Paulo e Joana satisfeitos. Tenho muito orgulho deste filme.
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