Em um movimento corajoso contra práticas que ameaçam a integridade e a democracia no ambiente municipal em Palmeira dos Índios, o advogado Vladimir Barros ingressou com uma representação junto ao Ministério Público Estadual, após denúncias alarmantes feitas por vereadores durante sessão plenária da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios na última quarta-feira, 20.
As acusações dos vereadores, que revelam uma série de perseguições a servidores públicos por parte da gestão municipal atual, acenderam um sinal de alerta sobre a saúde democrática e a liberdade política na cidade.
Vladimir Barros que, além de advogado, é servidor municipal , já havia apresentado uma representação anteriormente, relatando ser ele próprio alvo de perseguição política desde 2019. Esta nova ação ressalta a persistência de um ambiente de intimidação e coação que parece ter se enraizado nas estruturas de poder local.
Novas denúncias
Durante a sessão da Câmara, os vereadores César Tenório e Cristiano Ramos trouxeram a público relatos contundentes de servidores que se sentem perseguidos pelo governo municipal. As histórias compartilhadas incluem, segundo Tenório, evidências robustas, como vídeos que mostram o irmão do prefeito palmeirense, o secretário Cícero Batista (Cicinho) coagindo servidores a apoiarem determinado vereador sob ameaças veladas e explícitas.
César Tenório destacou a gravidade das ações, que vão além da coerção política, afetando diretamente a vida e o bem-estar dos servidores envolvidos. Por sua vez, Cristiano Ramos descreveu situações em que servidores foram movidos às lágrimas, vítimas não apenas da perseguição política, mas também de cortes salariais, numa clara tentativa de chantagem política. Comparando a situação de Palmeira dos Índios à Venezuela, Ramos fez um paralelo alarmante com regimes autoritários, insinuando que a gestão do prefeito Julio Cezar caminha para uma ditadura municipal tal qual a de Nicolás Maduro.
Diante dessas graves acusações, Vladimir Barros tomou a frente espontaneamente para encaminhar as denúncias dos vereadores ao Ministério Público, solicitando que sejam tomadas as devidas providências legais contra os atos de perseguição política, pessoal e assédio moral que estão sendo supostamentes praticados pela gestão municipal.
Esta ação não apenas sublinha a coragem e a resiliência dos envolvidos em trazer à luz tais práticas inaceitáveis, mas também ressalta a importância da atuação do Ministério Público, na proteção dos direitos fundamentais e na preservação da democracia local. O caso de Palmeira dos Índios serve como um lembrete crítico da necessidade de vigilância e ação constante contra abusos de poder que ameaçam a liberdade e a integridade dos cidadãos em qualquer esfera de governo.
Fonte: Tribuna do Sertão