O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, JHC (PL), é acusado de criar um "clube" com uma "estrutura de faraó" para ele e seus convidados durante o Verão Massayó. O evento, promovido pela prefeitura, entre os dias 12 e 21 de janeiro de 2023, no bairro de JaraguĂĄ, levanta questionamentos sobre quem custeou essa ostentação, sendo que as suspeitas é que tenha sido financiado pelos impostos dos contribuintes ou por um contrato de patrocínio com a casa de apostas Vaidebet.
Durante o Verão Massayó, dois servidores municipais, que preferem não se identificar, revelaram que pelo menos um dos camarotes foi patrocinado pela Vaidebet. A ação, realizada de maneira apressada e sem o devido processo legal, levanta preocupações sobre a legalidade do financiamento e a transparĂȘncia no uso dos recursos públicos.
Segundo informações oficiais, a Vaidebet teria arcado com os custos de 27 linhas de ônibus que realizaram trajetos convencionais para o JaraguĂĄ. O prefeito JHC anunciou essa iniciativa em carĂĄter emergencial, somente um dia após o início do festival, o que gerou ainda mais questionamentos sobre a transparĂȘncia e legalidade do patrocínio.
Até o momento, não foi publicado o edital que permitiria a qualquer empresa privada ou pessoa física patrocinar o Verão Massayó. Isso contraria a Lei Municipal nÂș. 7.370, de 08 de maio de 2023, e o Decreto nÂș. 9.422, de 09 de maio, ambos de autoria do prefeito JHC, que estabelecem a obrigatoriedade da publicidade do patrocínio por meio de edital de chamada pública.
Além disso, o decreto contradiz a lei ao permitir manifestações de interesse em patrocinar a qualquer momento, sem seguir os procedimentos legais estabelecidos. A aparente falta de conformidade com os requisitos legais levanta preocupações sobre a lisura do processo de patrocínio.
O episódio do "clube de luxo" de JHC durante o Verão Massayó gera indignação, especialmente porque o evento deveria ser uma celebração aberta ao público. O presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos de Alagoas (Sated/AL), Dudu Nogueira, denuncia a criação de uma estrutura extravagante destinada exclusivamente a JHC e seus convidados VIPs.
As imagens obtidas por Dudu Nogueira e nas redes sociais do prefeito JHC, da primeira dama Marina Candia e da prefeitura, durante a festa, revelam uma megaestrutura com banheiros de luxo, comida e bebida à vontade, evidenciando uma clara disparidade entre a experiĂȘncia VIP e o público em geral. Além disso, a estrutura de comunicação do evento teria sido disponibilizada para "deleite" da primeira dama Marina Cândia e promoção pessoal do prefeito JHC .
A falta de transparĂȘncia no financiamento do evento e a suspeita de uso indevido de recursos públicos levantam questões que exigem uma investigação mais aprofundada.
Fonte: Redação com assessoria